Folha de S. Paulo


Temporada da moda vira ringue de exibicionismo

Os desfiles desta temporada de verão 2015, tanto os de Nova York quanto os de Paris, serviram de palco para artistas, estudantes e exibicionistas atraírem a atenção.

Anônimos roubaram a cena com looks controversos, artistas fizeram "happenings" na porta dos desfiles e um grupo de estudantes alemães tirou o foco das celebridades ao protestar contra a falta de espaço no mercado.

"Temos de mostrar que existimos. Ninguém olha para a gente", dizia uma das 12 estudantes de moda que invadiram, em silêncio, a porta do desfile de estilista belga Dries Van Noten em Paris.

Na mesma cidade, um idoso fantasiado de líder palestino ganhou convites pela ousadia. Na porta do desfile da grife Issey Miyake, tirava "selfies" com quem tentava falar em inglês com ele.

"Não sei falar essa língua", dizia, apontando a foto do premiê russo Valdimir Putin estampado na camiseta.

No vale-tudo da moda, o artista plástico nova-iorquino Andy Golub pintou ao vivo modelos do coletivo de atores e anônimos "Jovens Naturistas Americanos", famoso por desfilar sem roupas por Nova York.

Os fashionistas, horrorizados, evitavam olhar. Sem roupa não podia, mas mostrar um pouquinho, por que não?

Enquanto em Paris uma fashionista fez pose de Marilyn Monroe em "O Pecado Mora ao Lado" (1955), deixando a capa do vestido voar assim como a mesma peça de Monroe no filme, a empresária Tamika Toler mostrava o corpo para divulgar sua butique. "Tenho uma loja. Quer conhecer depois da foto?"


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