Folha de S. Paulo


Filha de Guilherme Arantes e rapper formam dupla pop Mercúrias

"Tenho essa parada hereditária de melodia chiclete", diz, aos risos, a cantora Marietta Vital, filha de Guilherme Arantes, que forma a dupla Mercúrias com a rapper Lurdez da Luz.

Com interesses musicais semelhantes, as amigas iniciaram a parceria para valer em 2010 e lançaram em agosto o segundo single, "Desse Jeito", que mistura referências do rap com bases de reggae e "tem uma forma pop muito quadradinha".

"Eu me inspirei no Belo e no funk melody para compor. É totalmente diferente do trampo underground que eu fazia e do trabalho da Lurdez. É mais popular, fala de amor."

O duo tem cerca de seis faixas pré-produzidas, que serão lançadas aos poucos.

Davi Ribeiro - 30.ago.2014/Folhapress
Marietta Vital (à frente) e Lurdez da Luz, que formam a dupla Mercúrias
Marietta Vital (à frente) e Lurdez da Luz, que formam a dupla Mercúrias

Entram na lista "Desse Jeito", o primeiro single, "Carregar" —lançado extraoficialmente pelo produtor Victor Rice ainda em 2009— e o terceiro, "Canta sem Medo", gravado com o projeto eletrônico Mexican Institute of Sound e ainda não divulgado.

Sem compromisso, com um conceito visual tropical —com muitas cores e estampas– e um som interessante, o duo feminino pretende trabalhar seus singles com produtores diferentes, sempre na internet, sem planos de gravar um disco.

A estratégia, segundo Marietta, é uma forma de sobrevivência, já que ambas têm suas carreiras solo como prioridade.

Lurdez apresenta desde o fim de agosto seu segundo disco, "Gana pelo Bang", mais pop que o primeiro, com muitas camadas de som sobrepostas, incluindo batidas de música eletrônica e de funk.

Marietta tem o álbum "Massarock", um EP com o produtor Kiddid a caminho, além de um outro projeto, intitulado Motivo, com repertório que mistura Red Hot Chili Peppers, Clube da Esquina e Bobby Womack.

A decisão de não lançar um CD também tem a ver com o momento do mercado musical, segundo Marietta.

"Ouvir um álbum se tornou um ritual longo, ninguém tem paciência. Nesse contexto da geração shuffle', o single se valorizou. Ele te pega ou se torna descartável", diz ela.


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