Folha de S. Paulo


Crítica: A cada revisão, 'Os Pássaros' se torna mais denso e genial

Ainda em ritmo de feriado, a TV5 mostra a primeira parte do notável "Carlos" (3h15; 12 anos), de Olivier Assayas. E o Telecine Cult faz jornada tripla de Hitchcock. Até "Trama Macabra" (0h15; 14 anos), que fecha o programa, tem mais humor e virtudes do que quase toda a produção trivial —somada.

Antes, tem "Janela Indiscreta" (22h; 12 anos), talvez o melhor filme sobre cinema jamais feito. E antes ainda é a vez de "Os Pássaros" (19h45; 14 anos). É muito difícil estabelecer uma hierarquia dos filmes de Hitch: a cada momento pode-se preferir um deles. O certo é que "Os Pássaros" é o mais misterioso.

Há mil explicações para esses pássaros que atacam humanos: uma praga dos céus, ou da natureza, ou, quem sabe, os comunistas... Mas nenhuma explicação tem a virtude de dissolver o mistério: a cada revisão ele se torna mais denso, mais angustiante, mais presente. E mais genial.

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Cena do filme
Cena do filme "Os Pássaros", de Alfred Hitchcock, em que a mocinha é atacada

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