A Casa Anne Frank, museu de Amsterdã, anunciou neste sábado (dia 8) que irá doar 3.400 exemplares do famoso diário da garota judia a bibliotecas do Japão.
No final de fevereiro foi divulgado que 306 cópias do livro "O Diário de Anne Frank" foram destruídas em várias bibliotecas de Tóquio.
Segundo Jan Erik Dubbelman, responsável por projetos educativos do museu, o objetivo é "reforçar e expandir a amizade com japoneses que defendem a harmonia, para que esse incidente seja esquecido rapidamente".
| Franck Robichon - 22.fev.2014/Efe | ||
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| O diretor da biblioteca municipal de Shinjuku, Kotaro Fujimaki, mostra uma cópia destruída de 'O Diário de Anne Frank' |
A iniciativa se soma a da embaixada israelense em Tóquio, que doou 300 cópias do livro para bibliotecas afetadas.
No total, 38 bibliotecas de 11 distritos de Tóquio encontraram exemplares de "O Diário de Anne Frank" com páginas arrancadas ou cortadas. Outras obras relacionadas com a biografia de Anne Frank ou com o Holocausto também foram danificadas.
A polícia de Tóquio suspeito que todos os atos foram cometidos por uma mesma pessoa. Os investigadores estão analisando vídeos gravadas por câmeras de segurança instaladas em torno das bibliotecas afetadas, assim como os históricos de busca de seus frequentadores.
Anne Frank viveu escondida com sua família em Amsterdã durante a ocupação nazista e morreu em 1945, no campo de concentração de Bergen-Belsen.
A obra foi traduzida para 55 línguas e se tornou em um dos relatos mais conhecidos do holocausto.
No Japão, a obra deu origem a pelo menos quatro livros de mangá, assim como filmes de animação.