Folha de S. Paulo


Rob Zombie faz show divertido com visual de filme de terror

Enquanto a maior parte do público do Rock in Rio preferiu esperar pelo Ghost B.C. no palco principal, quem foi ao segundo palco viu um dos melhores e mais divertidos shows do dia: o de Rob Zombie.

Ex-líder do grupo White Zombie e desde 1998 em carreira solo, Rob Zombie é cantor, cineasta e autor. E seus discos, filmes e livros giram em torno de suas obsessões: terror, cinema B, sangue, quadrinhos e cultura "trash" em geral.

Sebastian Bach se transforma em cover de sua ex-banda
Sepultura faz metal-batucada com franceses do Tambours du Bronx
Dr. Sin e República levantam público metaleiro com clássicos

Para ele, o visual dos shows é tão importante quanto a música. Os integrantes de sua banda usam roupas que remetem a personagens de terror e quadrinhos e dois telões exibem trechos de filmes B, escolhidos especialmente para cada música.

Na abertura do show, com "Meet the Creeper", os telões mostravam cenas reais da "Família Manson", os seguidores de Charles Manson que, em 1968, participaram de massacres em Los Angeles que custaram a vida da atriz Sharon Tate, então mulher do cineasta Roman Polanski.

Ao longo do show, foram mostradas imagens de desenhos animados japoneses, filmes de ficção científica dos anos 1950 e dançarinas de burlesco fazendo strip-tease.

Zombie trouxe ao Brasil uma banda excelente, com dois ex-membros do grupo de Marilyn Manson, o baterista Ginger Fish e o guitarrista John 5. "Não acredito...18 anos sem pisar no Brasil, é tempo demais!", disse o cantor, que se enrolou em uma bandeira do Brasil.

Zombie guardou para o fim duas de suas músicas mais conhecidas: "Thunder Kiss '65", do White Zombie, e "Dragula", primeiro hit de sua carreira solo. E todo mundo saiu feliz.


Endereço da página:

Links no texto: