Folha de S. Paulo


Com ingressos limitados, feira ArtRio termina com público de 52 mil

Depois de limitar ingressos a 60 mil por causa do tumulto de 74 mil visitantes no ano passado, a terceira edição da feira ArtRio fechou as portas na noite deste domingo (8) com público total de cerca de 52 mil pessoas.

Mesmo a abertura da feira na última quarta-feira, restrita a convidados, teve menos movimento por causa das tempestades que fecharam o aeroporto Santos Dumont e das comemorações do Ano-Novo judaico, iniciadas naquele dia.

No quesito que mais interessa, o das vendas, a feira não foi mal. Um móbile de Alexander Calder, a obra mais cara da feira, foi vendido, segundo a Folha apurou, por cerca de R$ 19 milhões pela galeria nova-iorquina Pace a Marcel Telles, brasileiro que é um dos sócios da cervejaria AmBev.

Uma tela de Fernand Léger, de US$ 4,5 milhões, cerca de R$ 10,4 milhões, à venda pela Gagosian, foi retirada do estande, o que indica que encontrou um possível comprador no Brasil.

Entre os brasileiros, as principais casas do país não reclamaram do desempenho na feira, embora tenham notado o público reduzido.

"Não tive escolha com relação ao feriado judaico, porque o final de semana anterior eram férias na Europa e o seguinte era o Rock in Rio", disse Brenda Valansi, uma das diretoras da feira, à Folha. "Sei do peso que a comunidade judaica tem."

Embora não tenha sido vendida a obra mais cara de um brasileiro na feira, uma obra de Lygia Clark de R$ 7,7 milhões, outras peças de valor avantajado, como uma pintura de Antônio Bandeira de R$ 2,7 milhões, foi negociada antes do apagar das luzes no domingo.


Endereço da página:

Links no texto: