Folha de S. Paulo


Atores se divertem na sequência de 'Red'

Anthony Hopkins, Helen Mirren, John Malkovich, Bruce Willis, Mary-Louise Parker e Catherine Zeta-Jones. Uma reunião de nomes como esses, com experiências que vão desde o teatro britânico a blockbusters e séries de TV premiadas, só não seria surpreendente em filmes de diretores como Robert Altman ou Woody Allen.

Mas não se trata de nada disso. Eles estão reunidos na ação "Red 2 - Aposentados e Ainda Mais Perigosos", que chega nesta sexta-feira (2) aos cinemas.

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Dirigido por Dean Parisot ("As Loucuras de Dick and Jane"), o filme é sequência de "Red", adaptação de 2010 da história em quadrinhos de Warren Ellis e Cully Hamner, que conta a história de Frank Moses, agente aposentado da CIA que passa a ser perseguido pela própria organização.

Frank Masi/Efe
Catherine Zeta-Jones, Mary-Louise Parker e Bruce Willis em 'Red 2'
Catherine Zeta-Jones, Mary-Louise Parker e Bruce Willis em 'Red 2'

No segundo filme, Moses foge de assassinos profissionais e se reúne mais uma vez com seus antigos colegas de trabalho, que lhe ajudarão a salvar o mundo de uma catástrofe nuclear.

Depois que o primeiro filme fez sucesso mais que satisfatório nas bilheterias (US$ 90 milhões nos EUA e US$ 186,5 milhões no mercado internacional) e nas vendas de DVDs, foi fácil aprovar a franquia. "O estúdio nos pediu a sequência e aprovou o primeiro rascunho", conta o produtor Lorenzo di Bonaventura.

DESAFIO

Para os atores, foi mais ou menos a mesma coisa. Bruce Willis disse ter gostado tanto de fazer a primeira produção que não teve dúvidas em aceitar o convite para a segunda.

"Foi muito divertido. Nos encontramos para filmar um ano e meio depois do primeiro filme, mas foi como se tivéssemos nos visto havia dois dias", diz o ator.

"Era como se nós fôssemos colegas de faculdade, aqueles que são amigos para sempre, como se tivéssemos vivido juntos nos anos 1960. Ou, no caso de Bruce, nos anos 1970", completa Helen Mirren, que interpreta Victoria, ex-agente do serviço secreto britânico.

Para quem assiste, divertido mesmo é ver Mirren carregando armas pesadas e participando de perseguições selvagens de carro, no papel da franco-atiradora que vai no banco do passageiro.

Di Bonaventura acredita que esse é o segredo de "Red": atores do calibre de Helen Mirren e Anthony Hopkins precisam se sentir desafiados para topar participar de um projeto.

"Para eles, 'Red' é um parquinho interessante onde podem brincar. É maluco se você para pra pensar, mas não há, hoje, muito bons papéis para atores de 45, 50 anos. Por isso mesmo, conseguimos todas as nossas primeiras opções de atores para cada personagem desse filme", conta.

Se "Red 2" --que já arrecadou nas bilheterias dos Estados Unidos cerca de US$ 35 milhões, até o dia 26-- repetir o sucesso de seu antecessor, deve gerar uma nova sequência, que, por via das dúvidas, já está sendo escrita pelos mesmos roteiristas, Jon e Erich Hoeber.

Algum outro peso-pesado pode entrar no longa? "Sim, definitivamente. Essa é uma das graças do filme, afinal. Sei lá, acho que o Sam (Samuel L.) Jackson gostaria de fazer. Eu também adoraria trabalhar com Michael Douglas", diz Bonaventura.


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