Folha de S. Paulo


Com pequeno atraso, Chefs na Rua começa sem energia nem tumulto

"Chegamos aqui às dez da noite de ontem [sábado, 18] para dar tempo de preparar tudo, sem tropeços", contou a chef Janaina Rueda, do Bar da Dona Onça, que nesta edição do Chefs na Rua vai servir estrogonofe de carne (R$ 15) ao público da Virada Cultural.

O evento, que integra a programação desde o ano passado, reúne chefs famosos em barracas para vender receitas a preços populares, de R$ 5 a R$ 15, na avenida São Luís, região central de São Paulo.

Marcada para as 8h de hoje, a feira começou com meia hora de atraso. Até a abertura, pontos de energia ainda não tinham sido instalados, e as grades de proteção para a organização das filas ainda estavam sendo posicionadas.

Sem eletricidade, a barraca do Lá da Venda, da chef Heloísa Bacellar, por exemplo, não pôde servir seus tradicionais pães de queijo no começo da feira.

Pelo mesmo motivo, na barraca do restaurante Marcel, do chef Raphael Despirite, até as 10h não era possível comer o cachorro-quente à francesa.

O público, por sua vez, se aglomerou em volta das barracas assim que entrada foi permitida, porém sem o tumulto que marcou a edição do ano passado. "Fui na galinhada do Alex Atala [2012], mas nem me aproximei devido à confusão", contou o estudante Galileu Martinelli, 18, que mesmo assim compareceu ao Chefs na Rua neste ano.

"Chegamos cedo porque sabemos que vai encher. Viemos programados, olhamos no site e listamos os pratos que mais têm a ver com a gente", contaram os artistas plásticos Fábio Oliveira, 33, e Soraya Brás, 33. O casal veio para provar o ceviche do Suri.

A expectativa da organização é de servir pelo menos 60 mil refeições até as 18h de hoje.

À PARAGUAIA

Para matar a fome do público, Jefferson Rueda, chef do restaurante Attimo e padrinho dessa edição do Chefs na Rua, trouxe cerca de uma tonelada e meia de porcos. Eles são assados na própria feira, em churrasqueiras de alvenaria.

A carne, à moda paraguaia, foi temperada com alho, ervas e sal, será servida com tutu de feijão e geleia de pimenta. O chef espera servir cerca de 7.000 porções. "Enquanto tiver porco, vamos continuar aqui."

Rueda, que nasceu em São José do Rio Pardo, trouxe de lá alguns de seus familiares para ajudar na preparação dos porcos.
Paulo Palumbo, 46, administrador, também trouxe a família. Ele e sua filha vieram especialmente para comer o porco e desde às 7h45 aguardavam na fila. "É uma boa oportunidade para conhecer o prato do chef e ver se vale a pena ir ao restaurante", disse.

Veja os chefs e os pratos servidos nesta edição do Chefs na Rua


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