Folha de S. Paulo


Bienal de Veneza terá Bispo do Rosário e Tamar Guimarães

Dois artistas brasileiros estarão na mostra principal da Bienal de Veneza, que começa em junho. Arthur Bispo do Rosário, morto em 1989, e Tamar Guimarães, brasileira radicada em Copenhague, foram escolhidos pelo curador italiano Massimiliano Gioni, responsável pela mostra este ano.

Criação de espaços públicos orientam maiores bienais de arte do ano

Na última edição da mostra italiana, com curadoria da suíça Bice Curiger, não havia brasileiros na mostra principal.

A escolha de Bispo do Rosário coroa uma espécie de resgate do artista, que vem ganhando relevância no plano global nos últimos anos. Depois de ser o maior destaque da Bienal de São Paulo no ano passado e ter uma ampla retrospectiva no museu Victoria & Albert, em Londres, o artista que produziu quase toda a sua obra internado na Colônia Juliano Moreira, no Rio, chega à maior mostra de arte contemporânea do mundo.

Divulgação
Obra de Arthur Bispo do Rosário, que fez parte da última Bienal de São Paulo
Obra de Arthur Bispo do Rosário, que fez parte da última Bienal de São Paulo

Guimarães, que trabalha em dupla com o dinamarquês Kasper Akhøj, é hoje uma das artistas brasileiras mais celebradas no circuito global. Ela esteve na Bienal de São Paulo em 2010 e participa agora da Bienal de Charjah, nos Emirados Árabes Unidos.

Sua obra em Charjah é uma projeção de slides em que uma mulher narra a história de uma cidade imaginária no Golfo Pérsico. Guimarães se consagrou com vídeos, filmes e fotografias que misturam realidade e ficção, sempre em relação com o contexto em que estão expostos.

Além de Bispo do Rosário e Guimarães, os brasileiros Odires Mlászho e Hélio Fervenza representarão o país no pavilhão do Brasil em Veneza. Numa curadoria do venezuelano Luis Pérez-Oramas, obras deles serão contrastadas a peças clássicas do suíço Max Bill, do italiano Bruno Munari e da brasileira Lygia Clark.


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