Folha de S. Paulo


08/04/2008 - 17h15

Bush pode não ir na abertura dos Jogos de Pequim

da Efe, em Washington

A Casa Branca disse hoje que não está descartada a ausência do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 8 de agosto.

Perguntada pela imprensa se Bush planejava assistir à cerimônia, a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, confirmou a presença do presidente, mas lembrou que ele "sempre pode fazer mudanças em seus planos".

"Bush sempre foi claro ao dizer que este é um evento esportivo para atletas e que pressionar à China antes, durante ou depois dos Jogos é a melhor forma de podermos tentar ajudar o povo globalmente na China, não só no Tibete", afirmou a porta-voz.

"Estamos pedindo à China para que busquem uma aproximação com o dalai-lama ou seus partidários. Eles tiveram um diálogo. Achamos que isso foi bastante útil e queremos que eles tentem de novo", disse Perino.

No entanto, questionada se não seria melhor que Bush se ausentasse em sinal de protesto e se a Casa Branca está estudando a possibilidade, Perino respondeu que não iria tão longe.

Perino não quis comentar as circunstâncias que obrigariam a ausência do presidente. "Essa não é uma pergunta que eu posso responder. São outras as pessoas que devem fazê-lo", comentou.

Boicote alemão

Alguns presidentes e primeiros-ministros europeus, como a chanceler alemã, Angela Merkel, já anunciaram que não irão à cerimônia de abertura dos Jogos em protesto pela política chinesa em lugares como Tibete, Mianmar e o Sudão.

Nesta segunda-feira a pré-candidata democrata Hillary Clinton pediu a Bush que não viaje a Pequim.

Em comunicado, a senadora por Nova York justificou o pedido lembrando os violentos confrontos no Tibete e a falta de pressão por parte da China no Sudão para pôr fim ao genocídio em Darfur.

A tocha olímpica desembarcou hoje em território americano e amanhã passará pelas ruas de San Francisco --única parada da chama pelo país-- em meio a fortes medidas de segurança para evitar problemas como os já registrados em Paris e Londres.


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