Folha de S. Paulo


Troca de papéis entre David Luiz e Oscar faz Brasil apelar para chutões

A seleção que tenta nesta sexta (4) a classificação para a semifinal da Copa não vê a bola passar pelo meio-campo. Principal razão para essa falha é a inversão de papéis que seus jogadores executam.

Único meia armador do time, Oscar tem abandonado a sua principal função para marcar. E David Luiz, que deveria focar os desarmes, é o jogador que mais tem passado as bolas aos atacantes.

O zagueiro foi eleito nesta quarta-feira (2) pela Fifa o melhor da Copa até agora.

Editoria de arte/Folhapress

Oscar tem 12,5 desarmes por partida. É o jogador da seleção que mais desarma, só atrás dos laterais, dos zagueiros e de Luiz Gustavo.

O número do meia é o dobro, por exemplo, do que desarmou neste Mundial Paulinho, que era o segundo volante titular no início da Copa e perdeu a posição para Fernandinho contra o Chile.

O fato de Oscar se ocupar com a marcação e não conseguir criar situações de gol faz com que a bola vá direto da defesa para o ataque.

Entre as oito seleções que continuam na Copa, a brasileira é disparada a que mais dá chutões. São 6,5 lançamentos longos por partida, ante apenas 3 da Colômbia.

O zagueiro David Luiz é o jogador que mais faz lançamentos longos na Copa, entre os que continuam no torneio.

O camisa 4 dá 2,5 lançamentos por jogo, quase metade do time inteiro. Thiago Silva faz 0,8 por jogo.

A grande quantidade de chutões faz também com que o Brasil seja o que mais perde bolas: 45,5 por jogo.

Esses números explicam a pouca quantidade de vezes que o Brasil entra no campo adversário tocando a bola.

Das oito equipes que estão nas quartas, o Brasil é o quinto time que passa mais a bola, atrás de Alemanha, Argentina e França.

A seleção troca, em média, 359 passes por jogo, bem menos que Alemanha (570) e Argentina (478).


Endereço da página: