Folha de S. Paulo


Fifa barra treino no Mané Garrincha, e técnico de Portugal critica entidade

Após três jogos no estádio Mané Garrincha, a Fifa mudou o procedimento e os jogadores de Portugal e Gana, que se enfrentam nesta quinta-feira (26) em Brasília, não poderão fazer o reconhecimento de campo, para preservar o gramado.

A medida foi alvo de crítica do técnico de Portugal, Paulo Bento, que apontou ainda outros erros por parte da Fifa durante a competição. Restará ao time de Portugal treinar no centro de treinamento do Corpo de Bombeiros.

"Foi a indicação que nos deram na Fifa. Mas eu poderia mencionar outras situações. Em Manaus, escolhemos um hotel e depois nos deram outro. Nem sempre as cosias correm da melhor maneira, mesmo com grandes instituições. A Fifa tem vários erros e um deles foi esse e outro foi jogar às 13h. Essas são as condições e não podermos treinar não será motivo de desculpas.", disse.

Paulo Bento então disse que o jogo na hora do almoço, no clima brasileiro, é uma discussão para os departamentos médicos. "Não foi o fato de jogar às 13h, isso não será motivo de desculpa. Isso não é um mal para a seleção de Portugal, é um mal para todas as seleções. Por que raios vai fazer bem jogar a essa hora? Esta é a melhor solução para um jogador?", afirmou.

Em nota, a Fifa disse que o estado do gramado do Mané Garrincha não preocupa.

"Os Campos Oficiais de Treinamento são selecionados para treinamento das seleções nas vésperas e antevésperas dos jogos, já que pode optar-se pela preservação do gramado do estádio nesses dias, conforme procedimento padrão desta e de outras edições da Copa. A condição do gramado do Mané Garrincha não preocupa", disse o departamento de comunicação do Comitê Organizador Local.

A Fifa já adotou procedimento similar em outras partidas. Depois de ser criticado por jogadores da Bélgica, o campo do Maracanã foi poupado dos treinos de reconhecimento de gramado feitos por França e Equador, na terça-feira.

O gramado do Mineirão foi também preservado na véspera do jogo entre Argentina e Irã.


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