A Fifa (Federação Internacional de Futebol) anunciou a criação de um órgão para administrar o repasse, ao futebol brasileiro, de verbas referentes ao legado da Copa do Mundo de 2014.
A decisão foi tomada nesta sexta-feira (28), durante reunião do conselho da entidade em Calcutá, na Índia.
As remessas estavam bloqueadas desde o segundo semestre de 2015 em decorrência da prisão do ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, e de ampla investigação conduzida por autoridades do Estados Unidos contra dirigentes sul-americanos. Atual presidente da CBF, Marco Polo del Nero está entre os alvos.
Dos US$ 100 milhões (cerca de R$ 330 milhões) previstos para o programa de legado da Copa para os países-sede, apenas US$ 5 milhões (R$ 16 milhões) haviam sido liberados até aquele momento.
"Decidimos que uma entidade será estabelecida no Brasil para cuidar do programa de legado que foi prometido há muitos anos, antes mesmo da Copa do Mundo, e que foi interrompido por vários motivos", disse Gianni Infantino, presidente da Fifa. "Encontramos a maneira certa de conduzir isso, e agora temos que estabelecer essa entidade, assim como suas especificações técnicas para que o Brasil possa se beneficiar do programa."
Sem especificar datas, o dirigente afirmou que, nos próximos meses, serpa definido como será feito o pagamento do valor prometido.