Folha de S. Paulo


Federação de natação diz que arenas da Rio-2016 estão 'abaixo do padrão'

Xu Zijian/Xinhua
(150806) -- RIO DE JANEIRO, agosto 6, 2015 (Xinhua) -- Vista exterior del sitio de la remodelación del Parque Acuático María Lenk, en el Parque Olímpico en Barra de Tijuca, sede de los Juegos Olímpicos de Río 2016, en Río de Janeiro, Brasil, el 5 de agosto de 2015. El Parque Olímpico en Barra de Tijuca, que será testigo de la mayoría de las competencias olímpicas, se encuentra con un avance del 82 por ciento de su construcción. El alcalde de Río de Janeiro, Eduardo Paes, dijo en conferencia de prensa el miércoles que todas las sedes serán entregadas a tiempo para la competencia del siguiente año argumentando que
O Centro Aquático Maria Lenk em reforma, no Parque Olímpico da Barra

Em carta enviada ao comitê Rio 2016 e ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, a Fina (Federação Internacional de Natação) criticou os locais de competição dos esportes aquáticos nos Jogos Olímpicos

No documento, obtido e reproduzido em parte pela agência Associated Press, a federação declara que as instalações estão "abaixo do padrão".

"As decisões do senhor Eduardo Paes [...] estão denegrindo a imagem e os valores da Fina [...] Essa situação é um claro desrespeito pelas exigências da Fina no que se refere às arenas aquáticas e afetará negativamente as condições de segurança e o desempenho dos nossos atletas", diz a carta, assinada pelo presidente da Fina, o uruguaio Julio Maglione.

A Fina critica diversos aspectos das instalações, principalmente a baixa capacidade de público do Estádio Aquático, onde acontecerão as competições de natação. Segundo a entidade, haverá aproximadamente apenas 13 mil assentos para o público, cerca de 4 mil a menos do que no Estádio Olímpico de Londres.

O site oficial dos Jogos Olímpicos diz que o Estádio Aquático tem capacidade para 18 mil pessoas. Prefeitura e comitê dizem não saber ainda qual será o número real de assentos disponíveis para o público.

"O principal estádio do maior evento olímpico terá sua importância e valor reduzidos", diz a carta, reproduzida pela agência.

A Fina critica ainda o fato de o estádio Maria Lenk, onde acontecerão as competições de saltos ornamentais, polo aquático e nado sincronizado, não ser coberto, como era a arena de Londres.

Para a entidade, as condições climáticas podem afetar o desempenho dos atletas, assim como a saúde e a segurança deles. Há críticas também ao prefeito Eduardo Paes, por ele ter se recusado a colocar uma cobertura temporária na arena.

O nadador Alexander Popov, quatro vezes campeão olímpico, é citado na carta. Ele diz que "as condições de natação no Rio serão um retrocesso em relação a edições anteriores dos Jogos".

A carta também exige, segundo a AP, que sejam feitos testes para vírus nas águas da praia de Copacabana, onde acontecerão as provas da maratona aquática.

Para a Fina, a saúde dos atletas pode estar em risco pela exposição a vírus nesses locais.

OUTRO LADO

Em nota, a prefeitura se mostrou surpresa com as críticas da Fina e diz que atendeu a todas as exigências do COI (Comitê Olímpico Internacional) para os Jogos, tanto no Centro Aquático Maria Lenk quanto no Estádio Aquático, ambos no Parque Olímpico da Barra.

Sobre o tamanho do Estádio Aquático, a prefeitura afirma que "o projeto e tamanho desta arena sempre foi de conhecimento dos organizadores e da federação".

A prefeitura diz que a ausência de cobertura no Maria Lenk foi uma escolha econômica: "sempre foi de conhecimento do COI e da Federação Internacional de Natação (Fina) que o Maria Lenk não possui cobertura. A prefeitura entende o desejo da Fina, mas em nome da racionalidade de recursos públicos o município não se comprometeu com a construção dessa estrutura extra".

O Comitê Rio 2016 endossa a posição da prefeitura sobre a capacidade do Estádio Aquático e a decisão de não construir uma cobertura no Maria Lenk. O órgão diz que estuda como pode realizar os exames de vírus, já que, segundo o comitê, eles não estão disponíveis atualmente no Brasil.


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