Folha de S. Paulo


Presidente da Penalty, ex-parceira do clube, será o novo CEO do São Paulo

Igor Amorim/Reprodução/saopaulofc.net
Paulo Ricardo de Oliveira, novo CEO do São Paulo, em evento quando era executivo da Penalty, com Carlos Miguel Aidar, presidente do clube
Paulo Ricardo de Oliveira, novo CEO do São Paulo, em evento quando era executivo da Penalty, com Carlos Miguel Aidar, presidente do clube

Menos de 24 horas depois de demitir Alexandre Bourgeois, o executivo que seria o responsável pelo projeto de profissionalização do clube, o São Paulo já acertou com um substituto.

Paulo Ricardo de Oliveira, que preside a marca de material esportivo Penalty, é o novo CEO do clube do Morumbi.

Oliveira e a diretoria são-paulina têm relação próxima porque a Penalty era a patrocinadora de material esportivo do São Paulo até abril de 2015. Apesar do bom relacionamento entre as diretorias, houve um momento de mal-estar, em 2014, quando o clube queria receber mais e, já no fim do ano, quando a Penalty anunciou uma camisa de despedida para Rogério Ceni, sem a autorização do clube.

São Paulo e Penalty acabaram rompendo o contrato amigavelmente, com direito até a evento, quando o presidente são-paulino, Carlos Miguel Aidar, entregou uma placa de homenagem a Paulo Ricardo de Oliveira.

A norte-americana Under Armour substituiu a Penalty.

"Fiquei extremamente feliz com o convite e acredito que, com minha experiência corporativa e o apoio de todos os vice-presidentes, diretores e conselheiros, possa contribuir para o sucesso do projeto e fazer do clube Benchmark no meio esportivo. Mas que acima de tudo, possa contribuir na gestão do presidente Aidar para que o SPFC tenha excelentes resultados dentro de campo, para atender às expectativas de nossa torcida apaixonada", disse Paulo Ricardo, em nota.

Oliveira trabalhou como executivo de empresas como a Drogaria Onofre e Pirelli, e, segundo apurou a Folha, já havia sido sondado no começo de junho para o cargo de CEO que Aidar gostaria de implantar.

Pesou, porém, a indicação do empresário Abilio Diniz, ex-Pão de Açúcar, são-paulino fanático que cobra da diretoria melhor gestão. Ele indicou Alexandre Bourgeois, que já havia trabalhado com futebol, na empresa Teisa, formada por simpatizantes do Santos para ajudar na contratação de atletas.

Bourgeois assumiu havia três meses, mas passou por processo de fritura em vários departamentos do clube em que precisava atuar. O plano de profissionalização do São Paulo prevê a contratação de um executivo remunerado para cada área, com corte de orçamento.

Na sexta (4), em entrevista em que detalhou o plano, Aidar ironizou Bourgeois dizendo que o CEO tinha metas ambiciosas, mas queria ver como conseguiria cumprir. O executivo estava na plateia.

Na argumentação para a demissão, Aidar disse a ele que desconfiava de vazamento de informações para a imprensa, e que não havia percebido resultados em projetos de melhorias no clube.


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