Folha de S. Paulo


ANÁLISE

Pódio veio quando Massa precisa mostrar serviço para ficar na F-1

Foi apenas uma terceira colocação. Mas o pódio de Felipe Massa neste domingo (21), no GP da Áustria de F-1, representou mais que isso para o piloto brasileiro.

Depois de ver seu companheiro de Williams dar à equipe inglesa seu melhor resultado do ano com o terceiro posto no GP do Canadá, há duas semanas, Massa igualou o feito de Valtteri Bottas com uma corrida impecável em Spielberg.

Verdade que foi beneficiado pelo problema no pit stop de Sebastian Vettel que fez com que ele ganhasse o terceiro posto do ferrarista, mas depois, mesmo com um carro mais lento, foi capaz de segurar o alemão pelas últimas dez voltas da corrida de maneira impecável.

"Foram pontos importantes para os dois campeonatos", disse o brasileiro, depois da bandeirada.

E de fato foram. Tanto para a disputa da Williams com a Ferrari pela segunda posição entre os construtores como para ele no Mundial de Pilotos –ele é o sexto colocado, cinco pontos atrás de Bottas.

Mas não foi só. Ainda sem contrato para o ano que vem, o pódio veio em bom momento para Massa, já que é nesta parte da temporada que as negociações geralmente têm início.

Aos 34 anos, o brasileiro é um dos veteranos do grid atualmente. E tem de mostrar serviço se quiser se manter na F-1 por mais algumas temporadas.

Depois de anos como segundo piloto na Ferrari, encontrou na Williams o que precisava. Um ambiente no qual se sente valorizado e confortável e ainda tem nas mãos um carro capaz de lutar por pódios.

Massa é um piloto que precisa estar bem psicologicamente para traduzir isso em resultados na pista. E é justamente isso que o pódio em Spielberg pode fazer.


Endereço da página:

Links no texto: