Folha de S. Paulo


Grama para o hipismo no Rio preocupa, diz dirigente

A qualidade da grama para a disputa da prova de cross country, que integra o concurso completo de equitação nos Jogos do Rio, causa apreensão na Federação Internacional de Hipismo.

John McEwen, diretor do comitê veterinário da entidade, disse à Folha que "há grande preocupação" em relação à condição da instalação para o evento-teste olímpico, que ocorrerá de 6 a 9 de agosto no complexo esportivo de Deodoro, e também para a Rio-2016 propriamente.

O problema está na manutenção da grama plantada recentemente no centro olímpico de hipismo, que foi erguido para o Pan de 2007.

Segundo ele, houve atraso na execução, o que levou a organização a acelerar o cronograma. Como a grama precisa de tempo para se firmar, ele acredita que a conservação pode ser prejudicada.

"Trabalhei na organização do hipismo em Londres. O cronograma do Rio, no mesmo período, está atrás", disse o britânico, que avaliou recentemente o local das provas cariocas.

Apesar disso, o evento-teste foi chancelado pela federação em abril. McEwen, porém, disse que na Rio-2016 não pode haver falha. "Há muito trabalho a se fazer."

Em abril, o Tribunal de Contas da União divulgou relatório apurado entre dezembro e março que apontou atraso de 15 semanas no complexo equestre de Deodoro.

OUTRO LADO

A Empresa Olímpica Municipal, órgão da prefeitura do Rio que conduz as obras, disse que não houve atraso no plantio. "A grama está 100% plantada e passa por manutenção permanente".

O plantio está a cargo das universidades federais do Rio e de Minas Gerais. Os custos constam do contrato com a IBEG, vencedora da licitação para obras na parte de Deodoro, onde estão o centro de hipismo e a vila de tratadores. O custo é R$ 157 milhões.


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