O Corinthians está prestes a perder Jadson para o futebol chinês. O jogador já disse aos companheiros que deve se transferir para o Jiangsu Sainty, da primeira divisão no país asiático. A equipe aceita pagar os 5 milhões de euros (R$ 16,3 milhões) da multa rescisória.
Já existia o interesse há algumas semanas, mas o presidente do Corinthians Roberto de Andrade, estava otimista em manter o meia pelo menos até o final da Libertadores, em julho. Ele até fez promessa a Tite que nenhum atleta deixaria o elenco no primeiro semestre depois da venda de Lodeiro para o Boca Juniors, da Argentina.
"Não podemos dizer que é oficial, porque oficial é só quando está assinado, recebido e o acerto não foi feito ainda. Mas está quase certo. Eles tinham feito uma proposta de 5 milhões de euros e eu pedi para ceder o jogador só depois da Libertadores, mas eles pagaram a multa, aí não tem o que fazer", afirmou nesta segunda à noite em programa da Fox Sports.
Questionado sobre a tentativa de segurar o meia no Corinthians, foi taxativo. "A multa é o limite contratual de qualquer atleta e ele mostrou interesse de sair. Não tem contraproposta. Vou fazer o que? Comprar o atleta de novo? Não dá. Se o jogador fala 'não quero jogar na China', a multa não tem valor. Mas se o atleta tem vontade não tem jeito", afirmou.
De acordo com o presidente, o dinheiro da venda de Jadson pode ajudar na permanência de Guerrero. "Tudo que entrar no caixa é bem vindo, não vamos falar que esse dinheiro é específico pra isso [segurar o Guerrero]. Mas tudo ajuda".
Jadson virou titular no início desta temporada, depois de passar boa parte de 2014 no banco de reservas. Virou dono da posição e foi protagonista da vitória sobre o São Paulo pela Libertadores, na semana passada.
O discurso da diretoria é que nada pode ser feito a partir do momento em que a multa for paga. O clube brasileiro vai embolsar cerca de R$ 5 milhões com a transação.
Sair não estava nos planos de Jadson agora. Ele tem contrato com o Corinthians até o final do ano. O armador está descontente com o comportamento da cartolagem na negociação. Alega que em nenhum momento a diretoria o chamou para conversar se ele tinha interesse em ir para a China. Confessou a amigos que se o time brasileiro tivesse oferecido uma renovação e um aumento salarial, poderia iniciar uma negociação para fincar no Parque São Jorge.
A intenção de Jadson, até aparecer o interesse da China, era ficar no Corinthians até o final do contrato, em dezembro, e então voltar para a Ucrânia, onde atuou entre 2005 e 2012, ou para o Qatar.