Folha de S. Paulo


Brasil tem menos representantes que a Bélgica na lista de melhores da Fifa

Há dez anos, Ronaldinho Gaúcho ganhava o primeiro de seus dois prêmios de melhor do mundo, segundo a Fifa. Naquela temporada de 2004, o Brasil ainda emplacava mais quatro jogadores na lista dos indicados à premiação de melhor do ano.

Nesta terça (28), a Fifa anunciou os 23 finalistas à Bola de Ouro (desde 2010, uma parceria da entidade com a revista "France Football"). Desta vez, só Neymar representa o Brasil, mais um fato a evidenciar a queda de qualidade do futebol do país na última década.

A seleção que levou 7 a 1 na Copa tem o mesmo número de representantes que Suécia e País de Gales, países que nem sequer se classificaram para o Mundial.

A Bélgica, que perdeu nas quartas para Argentina, tem mais jogadores que o Brasil na lista. São dois: o meia Hazard e o goleiro Courtois.

Já a campeã mundial Alemanha emplacou o maior número de indicados, seis (Götze, Kroos, Lahm, Müller, Neuer e Schweinsteiger).

Em anos de Copa, aliás, é comum que o vencedor do prêmio seja um dos campeões. Aconteceu com o Romário (1994), o meia francês Zidane (1998), Ronaldo (2002) e o zagueiro italiano Cannavaro (2006).

Editoria de arte/Folhapress

A única exceção –o prêmio da Fifa existe desde 1991– se deu em 2010, quando a Espanha foi campeã do mundo, e o prêmio foi para o argentino Messi. O atacante do Barcelona, porém, dividiu o pódio com dois meias da Espanha, Iniesta e Xavi. A seleção espanhola teve sete entre os 23 finalistas naquele ano.

Em 2014, atrás da Alemanha estão a Argentina (finalista da Copa, com três) ao lado da Espanha (também com três embora não tenha passado da primeira fase).

Além dos jogadores, a Fifa também anunciou nesta terça os técnicos que concorrem ao prêmio de melhor do ano. O Brasil não teve indicados entre os dez melhores.

Surgem como favoritos o italiano Carlo Ancelotti, campeão da Liga dos Campeões com o Real Madrid; o argentino Diego Simeone, campeão espanhol com o Atlético de Madri; e o alemão Joachim Löw, ganhador da Copa com a Alemanha.

Vencedor em 2013, o alemão Jupp Heynckes, ex-técnico do Bayern de Munique, não concorre ao prêmio neste ano pois se aposentou.

E AGORA?

A partir de agora, capitães e treinadores das seleções, além de representantes de meios de comunicação escolhidos pela "France Football", votam em seus favoritos dentre estes 23 jogadores colhidos por especialistas da Comissão de Futebol da Fifa e da revista francesa.

Os três finalistas serão anunciados em 1º de dezembro. Os vencedores da Bola de Ouro, do Prêmio Puskás (gol mais bonito) e outras premiações (a brasileira Marta tenta seu sexto prêmio, por exemplo) serão conhecidos em 12 de janeiro, na Suíça.


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