Folha de S. Paulo


Ex-presidente Belluzzo será vice em chapa de oposição no Palmeiras

O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, presidente do Palmeiras no biênio 2009-2010, aceitou o convite para integrar a chapa do candidato Wlademir Pescarmona à presidência do Palmeiras.

A eleição vai acontecer em novembro. Belluzzo vai concorrer como primeiro vice-presidente.

Os conselheiros João Gavioli e Carlos Degon, além do ex-jogador da segunda Academia de Futebol, César Maluco, completam a chapa como demais vice-presidentes.

"Conseguir a adesão de Belluzzo era um sonho antigo meu. A meu ver, o Belluzzo tem uma capacidade impar de abrir portas e alavancar contatos para a obtenção de patrocínios", afirma Pescarmona. "Tive de fazer muita força para convencê-lo, pois ele tem questões profissionais e familiares, mas, graças a Deus, consegui convencê-lo", completou.

Belluzzo tem importância histórica em duas das decisões mais importantes da história recente do Palmeiras. Foi ele quem articulou as parcerias do clube com a Parmalat, nos anos 1990, e com a construtora WTorre, há cerca de cinco anos, para a construção da nova arena do clube.

"Não podemos depender do dinheiro do presidente, temos de ter uma equipe capaz de atrais empresas investidoras. E O Belluzzo já está trabalhando em um plano com notáveis dos mercados financeiro e empresarial para trazer novos parceiros para o Palmeiras", afirma Pescarmona., em crítica à gestão do atual presidente Paulo Nobre, que injetou, direta e indiretamente, cerca de R$ 130 milhões nas finanças do clube.

"Um dia o Palmeiras vai ter de pagar isso a ele (Nobre). E aí, como vai ser?", indaga Pecarmona

Em entrevista à Folha, à época das comemorações do centenário do Palmeiras, no fim de agosto, Pescarmona afirmou que, se eleito, terá como prioridades de sua gestão a obtenção de receitas com patrocínio e a exploração do potencial do novo estádio do clube, aproximando-se da construtora WTorre, com quem a atual gestão do Palmeiras está rompida.

Luiz Carlos Granieri e Paulo Nobre devem ser os demais candidatos a presidente. Roberto Frizzo, vice na gestão de Arnaldo Tirone, anterior à de Nobre, abdicou de concorrer para apoiar a tentativa de reeleição do atual mandatário.


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