Folha de S. Paulo


Zagueiro do Avaí é denunciado e pode pegar 10 jogos sob suspeita de racismo

O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) denunciou o zagueiro Antonio Carlos, do Avaí, por ofensa racista ao atacante Francis, do Boa Esporte, em partida realizada no último sábado (27), pela Série B do Campeonato Brasileiro.

De acordo com o STJD, o jogador será julgado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva –praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência- e corre o risco de ser suspenso de cinco a dez partidas, além de receber multa que pode chegar até R$ 100 mil.

Um dia depois da partida, o procurador geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, disse que o Avaí não corria o risco de ser punido.

O clube só é passível de punição quando a ofensa racial é "praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva".

Durante o confronto, o atacante Francis, do Boa Esporte, acusou o zagueiro Antônio Carlos, do Avaí, de tê-lo chamado de "macaco do caralho". Imagens da SporTV mostram o suposto momento da agressão verbal.

Francis registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia da Capital, no centro de Florianópolis. A suposta ofensa teria acontecido após uma disputa de bola entre os jogadores e, de acordo com o boletim, o atacante teria reclamado do ocorrido com o árbitro, que teria pedido a continuidade do jogo.

O árbitro Guilherme Ceretta de Lima não relatou na súmula o suposto caso de racismo no jogo entre Avaí e Boa Esporte.

Reprodução Sportv
Francis (esquerda) acusa zagueiro Antônio Carlos (direita), do Avaí, de chamá-lo de macaco
Francis (esquerda) acusa zagueiro Antônio Carlos (direita), do Avaí, de chamá-lo de macaco

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