Folha de S. Paulo


Torcedores revivem campanha "somos todos macacos" por Ronaldinho

Torcedores, atletas e clubes relançaram nesta segunda-feira (15) a campanha "somos todos macacos" para mostrar solidariedade ao meia Ronaldinho Gaúcho, vítima de ofensa racista.

Contratado pelo clube mexicano Querétaro, o jogador brasileiro foi chamado de "macaco" por Carlos Manuel Treviño Núñez, um político do país.

O recomeço da campanha foi atribuído pela imprensa mexicana a Yasser Coronnha, zagueiro que joga com Ronaldinho no Querétaro. Ele e outros usuários do Twitter protestaram contra a ofensa de Treviño usando as "hashtags" #SomosTodosMacacos e sua equivalente em espanhol #TodosSomosSimios.

Originalmente, a campanha foi criada por Neymar e a agência de publicidade Loducca, depois que o jogador do Barcelona Daniel Alves comeu uma banana jogada em campo por torcedores.

Na época, o próprio Daniel Alves declarounão gostar da campanha, alegando que não queria de ser chamado de "macaco".

Reprodução/Twitter/yasscorona
Companheiro de Ronaldinho no Querétaro, Yasser Corona adere à campanha
Companheiro de Ronaldinho no Querétaro, Yasser Corona adere à campanha "TodosSomosSimios"

O CASO
Na sexta-feira (12), dia da apresentação de Ronaldinho no Querétaro, o político Carlos Manuel Treviño usou uma rede social para para reclamar do trânsito mexicano e ofendeu o brasileiro.

"Tento ser tolerante, mas detesto futebol e o fenômeno de idiotice que produz. Detesto ainda mais porque as pessoas atrapalham e inundam as avenidas para fazer com que demore duas horas a chegar em casa... E tudo para ver um macaco... Brasileiro, mas ainda assim um macaco. Isto é um circo ridículo", escreveu.

Nesta segunda-feira (15), três dias depois do episódio, o político usou o Twitter para pedir desculpas a Ronaldinho pela ofensa.


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