Folha de S. Paulo


Liga dos Campeões tem quase 40% mais brasileiros nesta temporada

São 13 brasileiros no Shakhtar Donetski, oito no Benfica, sete no Porto, cinco no Paris Saint-Germain.

Nem parece que 70 dias atrás a seleção foi goleada por 7 a 1 pela Alemanha e deixou a Copa do Mundo com imagem arranhada.

A Liga dos Campeões, cuja fase de grupos começa nesta terça-feira (16) com a disputa de oito jogos, não mostra uma debandada brasileira da Europa. Pelo contrário.

Mesmo depois do vexame do time de Luiz Felipe Scolari no Mundial, o número de brasileiros inscritos no maior torneio interclubes do planeta aumentou 38,6% em relação à temporada passada.

Segundo dados fornecidos pela Uefa, 79 brasileiros vão participar da competição, contra 57 da edição anterior.

A lista não leva em consideração atletas que se naturalizaram e defendem outros países, casos de Diego Costa, hoje espanhol e atacante do Chelsea, Thiago Motta, agora italiano e volante do PSG, e Pepe, zagueiro do Real Madrid e da seleção portuguesa.

Apesar de não ficar na Europa (e consequentemente não ter times na competição), o Brasil só tem menos atletas inscritos que dois países: Espanha (123 jogadores) e Portugal (86). A Alemanha, que venceu o Mundial, aparece em quarto no ranking (67).

Os brasileiros estão espalhados por 26 dos 32 clubes. Só Ajax, Arsenal, Basel, Bate Borisov e Borussia Dortmund, além de Athletic Bilbao, que é restrito a jogadores de origem basca, ignoram o futebol pentacampeão mundial em seus elencos.

Apesar do crescimento desta edição, a representação brasileira na Liga dos Campeões ainda está distante do auge. Na temporada 2007/08, 92 jogadores nacionais foram inscritos na competição.
América do sul

O crescimento brasileiro nesta temporada alavancou a participação sul-americana na Liga dos Campeões.

O número de atletas da América do Sul cresceu junto com o de jogadores brasileiros: 132, contra 114 da edição anterior do torneio.

Barcelona, Real Madrid e Arsenal estão entre as grandes forças europeias que reforçaram os contingentes sul-americanos na temporada.

O Barça contratou o uruguaio Luis Suárez, artilheiro do Inglês pelo Liverpool, para formar trio de ataque com o brasileiro Neymar e o argentino Messi. Também buscou o chileno Bravo para substituir Victor Valdés no gol.

Já o Real escolheu o meia colombiano James Rodríguez, ex-Monaco e goleador da Copa do Mundo, para ser sua tradicional contratação bombástica da temporada.

O Arsenal tirou Alexis Sánchez, atacante chileno, do Barcelona para aumentar seu poder de fogo e tentar dar o passo que falta para voltar a brigar pelos títulos mais relevantes.

Editoria de arte/Folhapress

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