Folha de S. Paulo


Público do jogo da seleção em Nova Jersey é menor que em Miami

Moradora de Newark, em Nova Jersey, há 13 anos, a brasileira Neusa Coelho, 55, estranhou tantas cadeiras vagas no jogo da seleção nesta terça-feira (9) em East Rutherford. Foi a terceira vez que assistiu a um jogo do Brasil no MetLife Stadium -o primeiro com o estádio tão vazio.

Seu diagnóstico? "Os torcedores desanimaram. Tenho certeza que foi por causa do 7 a 1 [contra a Alemanha na Copa]", disse, ao lado da irmã gêmea, Cleusa.

O público foi de cerca de 36 mil pessoas –o estádio tem capacidade para 82,5 mil–, contrastando com a forte presença no último jogo do Brasil, em Miami, contra a Colômbia, que registrou mais do que o dobro de torcedores: 73 mil.

Uma parte do estádio, no alto, não chegou a ser aberta ao público. Mas mesmo as áreas disponíveis não foram preenchidas.

Em meio a um público equilibrado entre brasileiros e equatorianos, alguns poucos americanos se juntaram à torcida verde-amarela.

Foi o caso de um grupo de 20 cadetes, que estão estudando a Língua Portuguesa na academia militar de West Point, no Estado de Nova York, a cerca de 80km do MetLife Stadium. Com bandeiras do Brasil e camisetas da seleção por cima do uniforme branco, eles torceram com cada avanço do time no ataque.

"É maravilhoso, é uma energia muito boa", disse Keyla Carpenter, 19, que nunca havia assistido a um jogo num estádio. "Depois da Copa, passei a prestar mais atenção em futebol", admitiu.

O mundial atraiu uma audiência inédita nos EUA para partidas de futebol. O americano Vinny Beba, 46, trouxe o filho Fabio, 11, e os sobrinhos Andrea, 11, e Sebastian, 8, após muita insistência para ver o Brasil. "Ele queriam ver o Neymar jogar", disse.


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