Folha de S. Paulo


Após polêmica em Sochi, cães são tema preocupante para GP da Rússia

Eles estão por toda parte e viraram motivo de polêmica ao desaparecerem "misteriosamente" das ruas de Sochi durante os Jogos de Inverno.

Justamente por isso, os milhares de cães vira-latas que perambulam pelo balneário viraram motivo de preocupação para os organizadores do GP da Rússia de F-1, prova que será disputada pela primeira vez em 12 de outubro.

"É uma situação totalmente inaceitável. Temos que fazer o que estiver a nosso alcance para que o que vimos durante a Olimpíada [cachorros pelas ruas] não se repita", afirmou Richard Cregan, contratado pelos organizadores para fazer com que a corrida russa seja um sucesso. Ele tem experiência de já ter trabalhado no GP de Abu Dhabi, considerado o mais bem organizado do calendário.

Lucas Jackson-4.fev.2014/Reuters
Funcionário conduz cão para longe de pista de snowboard durante treino em Sochi
Funcionário conduz cão para longe de pista de snowboard durante treino em Sochi

Cachorros na pista não chegam a ser novidade na F-1, com episódios já registrados durante sessões de treinos na Turquia e na Índia, por exemplo. Mas a chance de provocarem um acidente fatal deixa todos preocupados.

"Já tivemos discussões com os organizadores dos Jogos para saber como eles fizeram para lidar com este problema. Certamente isso está no topo de nossa lista de prioridades, especialmente pelo fato de estarmos construindo um circuito permanente", completou Cregan sobre a pista que terá como cenário o Parque Olímpico.

O fato de a corrida da F-1 só acontecer daqui a oito meses e após a realização de um evento de grande porte, como os Jogos de Inverno, deve fazer com que a maioria dos problemas vistos neste mês sejam resolvidos para outubro, de acordo com Cregan.

"Não acredito que a F-1 encontre problemas com hotéis ou de infraestrutura como ocorreu agora", declarou.

O circuito, projetado por Hermann Tilke, ainda não está pronto, mas, segundo os organizadores, deve ser concluído na primeira semana de agosto. De acordo com eles, 90% das obras já estão feitas e só não estão mais adiantadas porque o foco do país, neste momento, é a Olimpíada.

"Assim que os Jogos terminarem, os recursos começarão a ser desviados para a F-1", completou Cregan.


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