O jogador de futebol Dan Mori, do holandês Vitesse, teve negada sua permissão de entrada nos Emirados Árabes porque possui nacionalidade israelense.
Enquanto ele treina com atletas da equipe júnior, seu time viajou para uma excursão no país do Oriente Médio, durante intervalo do Campeonato Holandês.
O clube se declarou surpreso com o veto, pois alegou, por meio da porta-voz Ester Bal, que tinha garantias sobre a presença de Mori na viagem.
Em outros eventos esportivos no país, pessoas de origem israelense também tiveram dificuldade de receber o visto.
Em 2009, a tenista Shahar Peer foi barrada ao tentar disputar o Torneio de Dubai. Em nota, a organização explicou que o veto teve como motivo o "elevado sentimento público de repulsa no Oriente Médio contra tudo o que ela poderia representar".
A TV qatariana que transmitiu a Copa do Mundo de natação do ano passado, realizado na capital Doha, ocultou imagens e nomes de atletas de Israel e a bandeira do país em alguns momentos. Embora não tenha conflito direto com o Qatar, Israel possui divergências abertas com outras regiões do Oriente Médio, como os territórios palestinos.
| Michael Kooren/AFP | ||
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| O israelense Dan Mori, durante treino com jogadores das divisões de base do Vitesse |
No seu perfil no Facebook, Dan Mori enviou uma mensagem pública, desejando uma boa viagem aos seus colegas.
O treinador do Vitesse, Peter Bosz, e a federação de futebol da Holanda se recusaram a comentar o incidente e trataram o caso como um assunto político.
Partidos políticos holandeses criticaram a decisão do clube da cidade de Arnhem de confirmar sua ida aos Emiratos Árabes.
O Centro de Documentação e Informação sobre Israel defendeu o cancelamento da viagem e recomendou que a Fifa fosse acionada. Sua diretora, Esther Voet, opinou que este tema é importante também com vistas ao Mundial de 2022, na Qatar.
No Vitesse, emprestado pelo Chelsea, atua o meia-atacante brasileiro Lucas Piazon, 19, ex-São Paulo.
CHILE
A comunidade judaica de Santiago pediu à federação nacional de futebol a exclusão do Palestino do Campeonato Chileno, nesta segunda-feira.
Sábado, na vitória por 4 a 0 sobre o Everton, o time de origem palestina usou camisas cujo número 1 tinha o formato do mapa do território palestino que não reconhece a criação do Estado de Israel.
Os judeus chilenos consideraram a nova numeração do uniforme como uma provocação. "Rechaçamos a importação do conflito do Oriente Médio para o Chile", disse o chefe da entidade religiosa, Gerardo Gorodischer.
O clube negou que tenha realizado uma provocação e alegou que se trata de uma aproximação com a Palestina.