Folha de S. Paulo


Agora a torcida organizada paga ingresso e pode vaiar, diz Valdivia

Apesar de ser ídolo da maioria dos palmeirenses, o meia chileno Valdivia vive uma relação diferente com a Mancha Alviverde, uma das principais torcidas organizadas do clube.

O jogador geralmente é hostilizado e vaiado. Isso ocorreu no último jogo pelo time, sábado passado, contra o São Caetano, no Pacaembu --partida que garantiu o acesso à primeira divisão.

Mas Valdivia disse que não se preocupa com essa situação e que, uma vez que a torcida compra o ingresso, tem o direito de fazer o que quiser.

"Não faço questionamentos. Cada um faz o que quiser. Agora eles pagam os ingressos e isso dá a eles o direito de fazer o que quiserem na arquibancada", disse o meia chileno.

Valdivia referiu-se ao fato de até o início da gestão de Paulo Nobre, eleito em janeiro, a Mancha Alviverde e outras organizadas terem regalias na compra de ingressos.

O Palmeiras privilegiava a venda de ingressos para os torcedores organizados em jogos no Brasil, oferecendo uma quota especial que não era comercializada nas bilheterias, e fornecia gratuitamente entradas para jogos no exterior, embora sem financiar a viagem das facções.

As regalias foram cortadas em março após um grupo supostamente ligado a Mancha Alviverde ter agredido os jogadores do Palmeiras no aeroporto de Buenos Aires, um dia depois de o time perder para o Tigre por 1 a 0 na fase de grupos da Libertadores.

Na ocasião, o goleiro Fernando Prass teve um corte na cabeça por um pedaço de vidro.

Valdivia disse também que não ficou pensando nas vaias dos torcedores aos jogadores após o jogo de sábado passado.

"Depois do jogo fui para casa e não fiquei pensando na torcida. Fui feliz pela grande maioria no estádio que elogiou o time e sabe quanto sofremos para voltar a Série A. A torcida do Palmeiras é gigante. Se tem uma parte que vaia, que pega no meu pé, não ligo. Fico feliz de ter ajudado e ter contribuído nessa volta na Série A", disse o chileno.


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