Folha de S. Paulo


Exposição corintiana no metrô atrai também torcedores de outros clubes

Só por estar vestindo uma camisa do Palmeiras, Tiago Prado, 19, já poderia ser considerado um estranho no ninho na estação Corinthians-Itaquera (Linha-3 Vermelha) do metrô, na Zona Leste da capital.

Mas o estudante de contabilidade foi além, e decidiu conferir, ainda que rapidamente, a exposição "Memorial do Corinthians", inaugurada nesta terça-feira no local.

"Eu vou passar aqui na frente todos os dias, então melhor ver logo o que tem dentro", brincou Tiago, que mora na região da Santa Cecília e trabalha em um shopping center de Itaquera.

Assim como Tiago, milhares de usuários do metrô, corintianos ou não, poderão ver de perto algumas das mais importantes relíquias da história alvinegra, tais como a réplica da Taça Libertadores e o troféu do Mundial de Clubes, ambos conquistados em 2012.

As conquistas da última temporada também estão registradas em uma exposição fotográfica. Quem quiser saber mais sobre a história do Corinthians também vai poder aprender com as curiosidades colocadas nos painéis montados no Memorial.

Vinicius Pereira/Folhapress
Memorial do Corinthians, na estação de metrô vizinha ao futuro estádio do clube
Memorial do Corinthians, na estação de metrô vizinha ao futuro estádio do clube

As irmãos Géssica, 19, e Gisele, 18, também passaram pela exposição. Gisele, corintiana orgulhosa, provocava a irmã mais velha, que é são-paulina.

"O São Paulo não faz algo assim porque não tem troféu para mostrar", disse Gisele, em tom de provocação.

Além dos dois troféus, o Corinthians também mandou para o local réplicas de seus uniformes mais célebres, como a primeira camisa utilizada pelo clube em 1910, ano de sua fundação.

O visitante também poderá rever alguns jogos importantes do Corinthians na sala de vídeo que mostra partidas importantes do clube ao longo da história.

É uma boa chance para visitantes mais velhos, como o autônomo Ricardo Eustáquio, 66, mostrar ao filho Marcelo, 19, imagens de algumas partidas de que ele apenas ouviu falar.

"Ele nunca viu os gols do Brasileiro de 90. Imagine os do Paulista 77, então", disse Eustáquio.

Réplicas em tamanho natural de craques do passado, como Marcelinho Carioca, Sócrates e Rivellino, complementam a decoração da exposição.

O Memorial funciona nos mesmo horários de funcionamento do metrô (domingo a sexta, das 4h40 às 00h22. Nos sábados e domingos, o horário se estende até a 1h), e é gratuito para quem estiver do lado de dentro dos bloqueios. Aqueles que não chegarem à estação por trem ou metrô têm apenas de pagar o valor da tarifa para fazer a visita.

E vale dizer que o passeio pode ainda ser complementado com uma ida à área externa do segundo andar do metrô. Afinal, da rampa de acesso à rua, é possível ver, do outro lado da avenida Luis Aires, o estádio Itaquerão, futura casa alvinegra.


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