A nova temporada da NBA começa nesta terça-feira, e o Brasil, que podia ter até oito jogadores na competição, tem apenas quatro garantidos. E todos são pivôs.
Tiago Splitter, do San Antonio Spurs, Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, Nenê, do Washington Wizards, e Vitor Faverani, do Boston Celtics, são as esperanças de um título inédito para o país.
O Brasil já esteve representado em duas finais --em 2007 e 2013--, mas falhou em ambas. Primeiro com Varejão e depois com Splitter.
O histórico mostra que, do Brasil, só os pivôs conseguem ter uma continuidade na NBA, com exceção do ala/armador Leandrinho, que jogou na liga de 2003 a 2013, mas agora está sem time.
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"A competição entre armadores é sempre maior. Tem que ter uma boa forma física e um talento excepcional. É sempre mais difícil você ter um jogador de perímetro que faça a diferença", disse Splitter em entrevista para a Folha.
"Para o pivô, é mais importante o vigor físico, a altura, e, nesse aspecto, temos muita matéria-prima no Brasil", afirmou.
O país já teve outros jogadores de perímetro na NBA, como Alex Garcia e Marquinhos, mas os dois não tiveram sucesso. Scott Machado, por sua vez, foi dispensado pelo Utah Jazz no último fim de semana e é mais um que agora procura emprego.
O armador Raulzinho, recrutado neste ano pelo Atlanta Hawks e negociado com o Jazz logo em seguida, jogou a liga de verão nos Estados Unidos no meio do ano, mas não conseguiu convencer os técnicos de que poderia ficar. Voltou para a Espanha para jogar pelo Lagun Aro.
"A posição do armador é muito disputada e muitos bons armadores jogam na NBA, por isso é difícil se firmar", afirmou Raulzinho.
O Brasil podia ter até outros dois pivôs na liga nesta temporada, mas Fab Melo foi dispensado pelo Dallas Mavericks e Lucas Bebê, recrutado pelo Atlanta Hawks, só deve jogar pela equipe da Geórgia a partir do próximo ano. Ele será observado em seu atual time, o Asefa Estudiantes, da Espanha.