Folha de S. Paulo


Para coibir violência, final da Libertadores pode ser jogada em campo neutro

Depois de ouvir reclamações dos dirigentes do Atlético-MG e do Olimpia, finalistas da Taça Libertadores da América, o presidente da Conmebol, Eugênio Figueredo, cogitou realizar até partidas em campo neutro para coibir a violência.

"A partir da próxima Libertadores, e de outros torneios nossos, as associações serão sancionadas, iremos suspender estádios ou até jogar em países neutros", declarou o dirigente nesta quarta-feira, em Belo Horizonte. "Estamos preocupados e vamos tomar atitudes nos próximos campeonatos", acrescentou.

Durante evento de um patrocinador da competição, o presidente do Olimpia, Oscar Carísimo, reclamou do comportamento da torcida do Atlético-MG, que fez barulho em frente ao hotel onde a delegação paraguaia está hospedada na noite de terça-feira. De acordo com a Polícia Militar, os torcedores jogaram fogos de artifício e garrafas em frente ao hotel.

"Não deixaram a gente dormir, muitas pessoas atirando bombas. O que houve ontem foi histórico", disse o mandatário paraguaio.

Na sequência, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, afirmou que incidentes desse tipo são comuns em jogos da Libertadores. Ele citou o caso do torcedor do clube mineiro que sofreu uma emboscada e fraturou a perna com um tiro de arma de fogo no primeiro jogo da decisão, realizado no Paraguai.

O segundo jogo da decisão da Taça Libertadores da América será realizado nesta quarta-feira, às 21h50, no Mineirão.

Como perdeu a primeira partida por 2 a 0, o Atlético-MG precisa vencer o rival por três gols de diferença para sagrar-se campeão. Caso repita o placar, o título será decidido na prorrogação e, se for necessário, nos pênaltis.


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