Folha de S. Paulo


Após protestos, São Paulo diz que Ney Franco continua

A diretoria do São Paulo não gostou da atuação do time na derrota para o Goiás, anteontem, no Morumbi. Mas não cogita demitir o técnico Ney Franco neste momento.

Apesar dos gritos de torcedores por Muricy Ramalho, demitido do Santos há uma semana e tricampeão brasileiro pelo São Paulo, os cartolas usam o retrospecto de Ney Franco para justificar a decisão de não tirá-lo agora.

"Fomos campeões da Sul-Americana e do segundo turno do Brasileiro em 2012. Nos dois torneios que fizemos neste ano avançamos para as fase decisivas", disse o vice de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, à Folha.

O revés para o Goiás foi o primeiro do São Paulo neste Brasileiro. Com sete pontos, o time está empatado com outras cinco equipes nas primeiras colocações.

Fará mais um jogo --diante do Grêmio, na quarta-feira-- antes do Nacional ser interrompido pela Copa das Confederações.

O pedido de Muricy não foi apenas dentro do Morumbi. Um grupo de torcedores protestou também do lado de fora do estádio são-paulino.

Além da troca de treinador, pediram a saída do presidente Juvenal Juvêncio e chamaram os jogadores de "baladeiros" e "amarelões".

Juvenal esteve no CT são-paulino ontem. Não atendeu a imprensa, mas ao ser questionado sobre a chance de Muricy assumir a equipe agora disse apenas "não".

Já o pedido por Muricy é algo que Ney Franco terá de se acostumar, segundo o vice-presidente do São Paulo, Carlos Augusto Barros e Silva. "Não somos nós que temos de dizer se ele tem suporte para aguentar essa pressão. O Muricy é um grande treinador e está na história. Mas não quer dizer que é o melhor para nós no momento".

Com a pausa durante a Copa das Confederações, o São Paulo irá fazer uma avaliação do elenco e da comissão técnica "para aprimorar o time".

Reforços já são tratados, mas sem prazo. A diretoria mantém sigilo, mas diz que tenta trazer pelo menos três nomes de expressão.

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