Mais do que separar os atletas do Rio e do Cruzeiro, a rede do ginásio Maracanãzinho será a divisora de uma disputa entre os dois principais levantadores brasileiros da atualidade na decisão da Superliga masculina de vôlei, neste domingo, a partir das 10h.
Bruno Rezende (Rio) é o atual titular da seleção brasileira. Aos 26 anos e com 1,90 m de altura, já disputou seis decisões de Superliga e ganhou cinco. É o maior vencedor do torneio ao lado do ponteiro Ezinho (Volta Redonda).
Com esse currículo, que inclui duas medalhas de prata em Jogos Olímpicos e um Mundial pelo Brasil, Bruninho tem o desafio de alcançar um feito inédito.
Desde 1994, quando a competição nacional passou a ter o nome atual, nenhuma equipe masculina do Rio venceu.
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| Bruninho (à esquerda) e William duelam neste domingo na final da Superliga |
Do outro lado da quadra, ele encontrará um adversário mais experiente e que pode ser seu companheiro na seleção na Rio-2016.
"O William consegue enxergar o bloqueio adversário durante o jogo. É uma qualidade dele e executa com muita facilidade. Eu estudo o adversário com antecedência. Sou mais estrategista", disse Bruninho à Folha.
"Acho que ele merece estar na seleção por tudo que tem feito na Superliga. Deve estar entre os cotados, mas não sou o técnico [risos]."
Em 2004, na Olimpíada de Atenas, William chegou a fazer parte da lista de Bernardinho, mas foi cortado.
Passou por todas as divisões de base do Brasil e teve um convite para defender a seleção principal da Argentina. Ficou quatro anos no país vizinho, onde foi ídolo do Bolívar e apelidado de Mago.
Voltou a ser procurado por Bernardinho em 2012, mas uma lesão o afastou da seleção. "Estava com um problema no joelho. Precisava dar uma parada depois de uma sequência pesada de Sul-Americano e Mundial. Agora estou à disposição. Será uma honra defender a seleção brasileira, uma seleção vitoriosa. Mas isso depende do que ele precisa no momento. Eu tenho a minha característica, sou ousado. Ele [Bernardinho] me conhece bem. Todos me conhecem", disse William.
Com 33 anos e 1,86 m, o próprio jogador se considera baixo para os padrões atuais.
"Por ser um levantador baixo tento suprir a minha deficiência com a ousadia e a liderança dentro da quadra", argumentou.
Capitão do Cruzeiro, ele conduziu seu time à terceira final consecutiva da Superliga e ao título do ano passado, o primeiro da história do clube e o segundo de sua carreira. Foi considerado o melhor levantador da última edição e mantém a regularidade na atual.
NA TV
Rio x Cruzeiro
10h Globo