Um grupo de cerca de cem pessoas protesta na manhã desta quarta-feira (11) contra a licitação para gestão privada do Maracanã. A disputa começa hoje após intensa guerra de liminares.
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A manifestação ocorre em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, local marcado para entrega dos envelopes das empresas concorrentes.
Alguns manifestantes carregam bandeiras do PSTU e PSOL. Outros têm panos na cabeça, em referência às fotos de secretários do Estado com o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta, em Paris.
Foram instaladas grades de proteção em frente ao palácio para impedir a entrada dos manifestantes. Não houve, até a publicação desta nota, registro de conflito grave, a não ser empurra-empurra entre policiais e manifestantes para liberar uma faixa da rua Pinheiro Machado. O trânsito é complicado no local.
Organizado pelo Comitê Popular da Copa, o grupo critica a gestão privada do estádio. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ingressou com uma ação civil pública pedindo a suspensão da licitação da concessão do Maracanã.
Na análise dos promotores, os investimentos propostos tornam a concessão um "mau negócio" para o Estado e para o futuro concessionário. O MP considera ainda que a empresa IMX está sendo beneficiada no processo por ter realizado o estudo de viabilidade econômica usado como base para o edital de licitação.
"O processo está viciado desde a origem", disse Eduardo Carvalho, promotor da 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, responsável pela ação.
De acordo com o promotor, as intervenções feitas fora do estádio não são necessárias, atrapalham o uso do estádio nos Jogos Olímpicos e reduzem a contrapartida que o Estado poderia receber.