O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira que vai convocar uma reunião com as empresas de telefonia e com os administradores de estádios de futebol para discutir infraestrutura em grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014.
O encontro deve ocorrer até a próxima semana. Segundo ele, um dos objetivos é discutir formas de desafogar o tráfego de voz e dados durante esses eventos, quando ocorrem "sobrecargas".
"Precisamos ter mecanismos de vazão. O principal deles é o wi-fi, em que você coloca antenas que trabalham o sinal do celular pela rede fixa e não através da móvel. Assim, é possível desafogar a rede. E a fixa, se for de fibra ótica, tem muito mais capacidade", afirmou em evento da Oi. Paulo Bernardo disse ainda que os estádios terão dois anéis de fibra ótica, independentes um do outro.
Segundo ele, Londres tinha 700 mil pontos de wi-fi durante os Jogos Olímpicos de 2012. De acordo com o ministro, essas soluções já estão sendo cobradas das operadoras.
O diretor de Inovação e Novos Negócios da Oi, Pedro Ripper, afirmou que a operadora pretende ampliar os pontos de wi-fi dos atuais 50 mil para 500 mil até o final deste ano.
Paulo Bernardo acrescentou que o governo disponibilizou R$ 170 milhões em orçamento adicional para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) fazer investimentos em equipamentos e monitoramento de redes. Além disso, afirma que a Anatel está trabalhando "aceleradamente" para fazer uma mudança na regulação do wi-fi.
"Estão preparando um remanejamento para abrir uma faixa maior para o wi-fi. Isso vai permitir fazer conexões com velocidades maiores", afirmou.
Bernardo disse ainda que se reuniu na semana passada com o ministro Aldo Rebelo (Esporte) e eles conversaram sobre exigências incabíveis de administradores de estádios. Ele citou o caso de um estádio que teria condicionado a instalação de infraestrutura ao patrocínio de um time.
"Em cada lugar o administrador do estádio pede coisas diferentes, algumas pertinentes outra sem cabimento", afirmou.
ANTENAS
O ministro afirmou que o wi-fi é uma melhor solução para suprir a demanda em grandes eventos do que a instalação de novas antenas.
Segundo ele, além de ser um investimento alto, há cidades que já não comportam mais antenas, sendo que elas serão úteis quando ocorrem as aglomerações.