Folha de S. Paulo


Uma Lei para mudar a cara do Brasil

O 7 de abril vai ficar conhecido como uma data única no imaginário de dezenas de milhares de universitários brasileiros.

Nesta quinta-feira, foi publicada no Diário Oficial a primeira lei em todo o mundo que regulamenta as iniciativas chamadas de Empresa Juniores.

O processo, que durou cerca de quatro anos, é uma demonstração do poder que a sociedade civil organizada pode alcançar quando se une em prol de um objetivo comum.

É mais um passo rumo a um Brasil mais Empreendedor.

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O Movimento Empresa Júnior atua justamente em pontos de virada para a realidade do país: a educação para reduzir as desigualdades e o empreendedorismo para gerar as oportunidades.

Posicionando-se como verdadeiros laboratórios de inovação e liderança, as empresas juniores formam jovens cada vez mais comprometidos e capazes de transformar a dura realidade que enfrentamos.

Segundo o IBGE, a taxa de desocupação em fevereiro deste ano batia em 8,2%, o que significa um aumento de 39% em relação ao registrado no ano passado.

A crise política se agrava. A economia sofre com essa instabilidade e decresce ano após ano, construindo um período de recessão com padrões únicos na história recente do nosso país.

É a hora dos jovens assumirem o protagonismo na retomada do progresso e na construção de um Brasil melhor.

Vivemos um período de bônus demográfico, devido a uma grande quantidade da população em idade economicamente ativa, e temos que aproveitá-lo ao máximo a partir de uma juventude cada vez mais produtiva.

E, para isso, a palavra chave é o empreendedorismo.

As empresas juniores exercem pressão sobre três aspectos nesse ecossistema: capital humano, com a formação de profissionais altamente capacitados; cultura empreendedora, a partir do estímulo da área nas universidades de todo o país; e suporte, por meio de projetos e consultorias para micro e pequenas empresas.

Elas representam 99% das organizações brasileiras e geram 54% dos empregos formais no país, segundo o Sebrae.

A sanção da Lei 13.267, de 6 de abril de 2016, não foi só uma conquista para um grupo de jovens empresários juniores, mas uma conquista para o país.

Que assim o empreendedorismo possa, cada vez mais, ser estimulado nas universidades brasileiras e que os próximos passos sejam dados para a construção de um país em que todos queremos viver. Não depois, mas agora mesmo.

Que esse novo Brasil seja construído por meio da vontade de uma geração inconformada com sua realidade, com coragem de sonhar e ousadia de agir.

PEDRO RIO é presidente da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior), parceira do Prêmio Empreendedor Social


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