Folha de S. Paulo


Sem acordo, Justiça adia decisão sobre abono a funcionários da USP

Terminou sem acordo a audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região sobre o reajuste salarial dos funcionários da USP, em greve há 107 dias. Uma nova reunião foi marcada para quarta-feira (17).

A medida ocorre após a reitoria da USP anunciar que a decisão sobre a concessão de um abono de 28,6% aos funcionários ocorreria somente após votação do Conselho Universitário, na terça (16).

Na última semana, o TRT ofereceu a proposta de reajuste de 5,2%, dividido em duas partes, e um abono de 28,6% referente ao salário de cada servidor.

Após assembleia, o Sintusp (sindicato de trabalhadores da USP) informou à Justiça que aceitaria a proposta. Já a USP concorda em pagar o reajuste de 5,2%, mas estuda se é possível pagar o abono.

A decisão de levar a discussão para votação do Conselho Universitário revoltou os grevistas, que esperavam entrar em um acordo e encerrar a greve nesta semana.

Para Magno de Carvalho, diretor do Sintusp, a reitoria está tomando medidas para "protelar a greve". "Nunca vimos nada parecido na USP", afirma.

A USP que a reunião do Conselho foi marcada para a próxima semana devido ao "prazo regimental" de cinco dias.

Após adiar a audiência, o desembargador Davi Furtado Meirelles decidiu convocar para a próxima reunião o reitor Marco Antonio Zago e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Nelson Baeta, como forma de tentar resolver a greve.


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