Folha de S. Paulo


Cursos tecnológicos têm demanda em alta

A faculdade está próxima da vestibulanda Thamires Silva, 18. Literalmente. Ela frequenta um pré-vestibular que fica em frente à Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo), onde pretende estudar tecnologia de construção de edifícios.

Thamires espera ficar com uma das mais de 60 mil vagas para cursos tecnológicos ofertadas em todo o Brasil por instituições públicas e privadas no segundo semestre. "Com o diploma de tecnóloga, é mais fácil conseguir um emprego nessa área."

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Rodrigo Capelato, diretor do Semesp (sindicato das entidades de ensino superior no Estado de São Paulo), concorda com a estudante.

"Com o aquecimento da economia, o mercado passou a ficar cada vez mais necessitado de mão de obra qualificada. Quando se viu que essa é a melhor solução [contratar tecnólogos], houve uma explosão. Hoje em dia, a demanda é muito forte."

O impacto desse aumento levou o número de matriculados em cursos tecnológicos a saltar de pouco mais de 81 mil, em 2002, para 870 mil, em 2011, segundo dados do Ministério da Educação.

Os tecnológicos, aos poucos, perdem o estigma de cursos menores, o que também contribui para o crescimento no número de matriculados.

"Por volta de 2000, muita gente desconhecia essa possibilidade [de cursar um tecnológico] e, inclusive, confundia o tecnológico com o técnico", diz Eduardo Ehlers, diretor de graduação do Senac.

Hoje, de acordo com dados do Semesp, a maioria dos ingressantes em tecnológicos tem entre 19 e 24 anos. O mesmo ocorre nos cursos tradicionais, como bacharelado e licenciatura.

Para Marcos Gonçalves, 18, que tenta uma vaga em tecnologia em comércio exterior na Fatec e na PUC-SP, esse tipo de graduação pode abrir portas no futuro.

"São cursos que estão crescendo e ganhando destaque. Apesar de serem mais curtos e focados, abrem espaço para um curso de extensão ou uma pós-graduação."

William Mur/Editoria de Arte/Folhapress
William Mur/Editoria de arte/Folhapress
Marcos Gonçalves, 18, tenta uma vaga em tecnologia em comércio exterior
Marcos Gonçalves, 18, tenta uma vaga em tecnologia em comércio exterior

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