Folha de S. Paulo


Professores de SP fazem assembleia nesta sexta para decidir sobre greve

Os professores da rede estadual de São Paulo devem fazer uma nova assembleia na tarde desta sexta-feira para decidir sobre a continuidade da greve da categoria, iniciada no último dia 19. Segundo o sindicato da categoria, 35% dos docentes aderiram à paralisação. A secretaria, porém, aponta adesão inferior a 10%.

O grupo vai se reunir amanhã na avenida Paulista, na altura do Masp, por volta das 14h. Na semana passada, uma outra assembleia de professores fechou os dois sentidos da Paulista e outras vias próximas devido a uma passeata até a praça da República. Nenhum passeata está programada para amanhã.

Representantes do sindicato se reuniram com o secretário da Educação, Herman Voorwald, na manhã desta quinta-feira, mas nenhum acordo foi firmado. De acordo com a Apeoesp, foram apresentadas as principais reivindicações dos professores, mas Voorwald disse que não tinha nada a oferecer.

De acordo com o sindicato, os professores reivindicam reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste referente a 2012; cumprimento da lei do piso --no mínimo 33% da jornada para atividades de formação e preparação de aulas--, fim dos descontos de faltas e licenças médicas para efeito de aposentadoria especial; entre outras.

Já a secretaria afirma que é "lamentável que a Apeoesp se paute por uma agenda político-partidária e ignore o amplo diálogo que a atual gestão tem estabelecido". A pasta destaca ainda que "os professores já ganham 33,3% mais que o piso nacional vigente e passarão a ter, a partir de julho, uma remuneração 44,1% maior que o vencimento mínimo estabelecido em decorrência da Lei Nacional do Piso".

Os professores da rede municipal de São Paulo também planejam uma assembleia na próxima segunda-feira (29), na frente do gabinete do prefeito, no viaduto do Chá, na região central da cidade. O protesto está marcado para começar as 14h e deve discutir uma possível greve da categoria.

Os professores municipais reivindicam, entre outros, reajuste salarial, melhores condições de trabalho e redução do número de alunos por sala de aula.


Endereço da página:

Links no texto: