Folha de S. Paulo


Em protesto, demitidos acampam em frente à usina Santa Rita

Funcionários demitidos da usina Santa Rita, em Santa Rita do Passa Quatro (a 248 km de São Paulo), acamparam em frente à unidade para cobrar o pagamento das rescisões trabalhistas.

Segundo a direção do sindicato dos trabalhadores da indústria de alimentos da cidade, ao menos três parcelas das rescisões trabalhistas dos demitidos estão atrasadas.

A Folha procurou a direção da usina para comentar as denúncias nesta quinta (20), mas não teve resposta.

Segundo o presidente do sindicato, Raimundo Vilasboas de Oliveira, 600 funcionários foram demitidos entre os dias 15 e 20 de outubro.

"Nós negociamos que o pagamento das rescisões seria parcelado, já que eles alegaram não ter condições de pagar tudo de uma vez", disse.

As rescisões seriam pagas semanalmente em dez parcelas. Porém, apenas a primeira teria sido cumprida.

"Estamos passando necessidade. Minha mulher também está desempregada. Além disso, estou doente", afirmou o operário Ednaldo César de Oliveira, 40.

Ele trabalhou na usina nos últimos quatro anos e disse que recebeu apenas a primeira parcela da rescisão.

Oliveira é uma das cerca de cem pessoas que estão acampando em frente à usina em forma de protesto.

A ocupação teve início na última terça-feira (18), quando os trabalhadores fizeram uma manifestação em frente à Santa Rita cobrando os pagamentos em atraso.

De acordo com o sindicato, a usina agendou uma nova rodada de negociações para a próxima segunda (24).

Além disso, a promessa é que ao menos outras duas parcelas sejam pagas até o início da semana.


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