A dois dias do fim da utilização de dinheiro nos ônibus de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), os usuários estão enfrentando nesta segunda-feira (29) mais de uma hora e meia nas filas para fazer o cartão do transporte coletivo.
O usuário do transporte coletivo será obrigado a utilizar cartão para pagamento da tarifa a partir de quarta-feira (1º).
No posto montado pela prefeitura na praça das Bandeiras, durante a manhã desta segunda-feira, os usuários aguardavam cerca de 90 minutos na fila.
O vigilante Antonio Montenegro, 62, estava há uma hora na fila. "É uma falta de respeito com a população, a fila está enorme e deixaram apenas quatro funcionários para fazer os cartões", disse Montenegro.
Os usuários também reclamavam da falta de funcionários para orientar os usuários sobre os documentos necessários para fazer o cartão.
"A gente fica quase duas horas na fila e chega na nossa vez dizem que falta documento ou a cópia de alguma coisa. Poderiam, ao menos, nos orientar melhor", disse Ângela Naves Pereira, 53.
| Edson Silva/Folhapress | ||
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| Usuários do transporte coletivo fazem fila para adquirir cartão que substituirá dinheiro nos ônibus |
Na central de vendas do consórcio Pró-Urbano, na rua São Sebastião, no centro de Ribeirão, os usuários relataram esperar até duas horas na manhã desta segunda-feira.
"Está lotado lá dentro. Está muito quente e é difícil de respirar, nós não somos respeitados. E duvido que esse cartão vá facilitar alguma coisa, na quarta-feira muita gente ainda vai estar sem o cartão", disse a autônoma Alissandra Maglia, 38.
De acordo com a Transerp, de julho até a semana passada, 18 mil cartões haviam sido emitidos. São transportados cerca de 5 milhões de passageiros por mês nos ônibus do município.
De acordo com o consórcio, não há previsão de prorrogação do uso do dinheiro no transporte público, já que a questão envolve um acordo com o sindicato do motoristas.
O Pró-Urbano ainda informou que está atento à necessidade de aumento de funcionários nos pontos de realização dos cartões. No entanto, não informou quantos funcionários atuam no cadastro e quantos devem ser colocados para trabalhar nos próximos dias.