Folha de S. Paulo


Catedral de Ribeirão encerra tríduo, mas, sem chuva, deve fazer novas missas

A Catedral Metropolitana de São Sebastião, em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), deve iniciar um novo tríduo –conjunto de três missas celebradas às sextas-feiras– para pedir chuva.

O primeiro tríduo, encerrado nesta sexta-feira (12), não gerou o resultado esperado pelos fiéis católicos.

Desde quando a primeira missa foi celebrada, no dia 29 de agosto, choveu três dias na cidade, totalizando 16,4 milímetros. No acumulado do ano, foram 362,9 milímetros de chuva, de acordo com o Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas), da Secretaria de Estado da Agricultura.

Edson Silva/Folhapress
Cerca de 250 fiéis estiveram presentes na missa em Ribeirão Preto realizada para pedir chuva
Cerca de 250 fiéis estiveram presentes na missa em Ribeirão Preto realizada para pedir chuva

A missa desta sexta foi feita no momento em que Ribeirão registra estado de alerta em decorrência da baixa umidade do ar: às 13h, o índice atingiu apenas 13,8%, com temperatura de 33,3º C

"Eu vim nas outras duas missas. Acho que a gente tem que fazer a nossa parte para pedir água", disse a enfermeira Maria Elizabeth Quirino Souza, 56.

Cerca de 250 fiéis estiveram presentes. Embaixo de uma grande cruz de madeira, disposta no altar, foram colocados dez baldes, 25 garrafas e um regador.

Diferentemente das missas anteriores, que foram celebradas pelo pároco da catedral, Francisco Jaber Zanardo Moussa, esta última foi feita pelo padre Marcelo Machado. Moussa, segundo funcionários da catedral, estava em outro compromisso.

Durante o sermão, Machado deu enfoque à criação de uma "consciência ambiental e cristã".

"É preciso pensar: de que forma tenho feito o esforço de zelar e ser responsável pela água, criação de Deus?", disse.

Edson Silva/Folhapress
A água que estava em garrafas, no balde e regador foi jogada nos pés da imagem de São Sebastião
A água que estava em garrafas, no balde e regador foi jogada nos pés da imagem de São Sebastião

Como parte da tradição, a missa foi finalizada após uma pequena procissão em direção à imagem de São Sebastião, que fica ao lado da igreja. A água que estava em garrafas, no balde e no regador foi jogada no jardim e nos pés da imagem.

"Tomara que ajude. Se não vier chuva, a gente reza de novo e molha mais o santo", disse o aposentado Francisco Paula Azevedo, 65.


Endereço da página:

Links no texto: