Folha de S. Paulo


Três meses após queda de ponte, obra ainda não foi contratada em Ribeirão

Três meses após a queda da ponte sobre o córrego Tanquinho, no Jardim Independência, que cedeu durante uma forte chuva, a Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) ainda não assinou contrato com uma empresa para fazer os reparos no local.

A ponte, entre as avenidas Paris e Guido Golfeto, cedeu no dia 14 de abril, provocando um acidente com um ônibus que passava no local. Onze passageiros estavam no veículo, que ficou pendurado. Não houve feridos.

A prefeitura chegou a decretar estado emergencial para pedir verba à Defesa Civil do Estado. No entanto a administração recuou dias depois e decidiu abrir licitação para o conserto da ponte.

Edson Silva - 14.abr.2014/Folhapress
Ônibus passava por ponte no momento em que ela cedeu, deixando veículo preso
Ônibus passava por ponte no momento em que ela cedeu, deixando veículo preso

De acordo com o secretário de Obras, Abranche Abdo Fuad, a prefeitura temeu que a contratação emergencial fosse contestada pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), por isso optou por abrir uma licitação.

No dia 3 de julho, a prefeitura anunciou a vencedora da licitação e informou que os trabalhos começariam em dez dias. Só que o contrato ainda não foi nem assinado.

Abdo disse que a assinatura do contrato deve ser feita na próxima semana. Ele não quis dar prazo para o início das obras no local.

Vizinhos da ponte relatam insegurança. O local está bloqueado por defensas de concreto apenas para a passagem de carros, mas é invadido por crianças e pessoas que jogam lixo no córrego.

Pedestres também reclamam da demora para o conserto da ponte, uma vez que a travessia mais próxima pelo córrego está a cerca de 500 metros, no cruzamento com a rua 11 de Agosto.

Esta não é a primeira obra emergencial que demora para ser solucionada em Ribeirão Preto. No dia 12 de novembro do ano passado, após a abertura de uma cratera no bairro José Sampaio, a prefeitura demorou 30 dias para contratar uma empresa.

A empresa contratada emergencialmente deveria executar os trabalhos em 90 dias, mas demorou cinco meses. Duas famílias foram removidas de suas casas pela Defesa Civil.


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