Folha de S. Paulo


Investigado em CEI da Câmara de Araraquara nega cobrança de propina

O ex-coordenador da Secretaria do Desenvolvimento Urbano de Araraquara (273 km de São Paulo) Ademir Palhares negou que houvesse cobrança de propina na pasta para a aprovação de projetos.

As afirmações foram feitas em depoimento à CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Câmara de Araraquara nesta quinta-feira (16).

Os vereadores criaram a comissão para investigar suspeitas de corrupção em três secretarias municipais. Os casos foram revelados após uma operação da Polícia Federal.

Em depoimentos à CEI, empresários relataram que Palhares oferecia seus serviços de engenheiro para regularizar projetos que precisavam se adequar às normas municipais para serem aprovados.

O advogado Marco Antônio Augusto dos Anjos Júnior, defensor de Palhares, afirmou nesta quinta-feira (16) que o ex-coodenador disse à CEI que cobrava valores compatíveis com a tabela do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e que não há impedimento legal para que ele exerça a atividade de engenheiro.

Segundo o advogado, uma regra interna da secretaria impedia que Palhares analisasse a aprovação de projetos elaborados por ele.

Em agosto, Palhares foi preso junto com o ex-vereador Ronaldo Napeloso (sem partido) e outros três ex-servidores. Eles já foram libertados. Napeloso tem negado, por meio de seus advogados, a prática de irregularidades.

Estão sob suspeita a aprovação de projetos pela pasta do Desenvolvimento Urbano e a doação de terrenos a empresas na Secretaria da Ciência, Tencologia, Turismo e Desenvolvimento Sustentável.

A PF também investiga a suspeita de fraude ao programa federal PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O programa foi suspenso pelo ministério em Araraquara devido às suspeitas de irregularidades.


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