Folha de S. Paulo


Mãe de Joaquim deixa prisão de Tremembé após Justiça conceder habeas corpus

Natália Mingoni Ponte, 29, mãe do menino Joaquim Ponte Marques, 3, deixou na noite desta sexta-feira (10) a penitenciária de Tremembé (147 km de São Paulo), por determinação de habeas corpus concedido pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

A saída dela foi confirmada por funcionários da unidade.

Esta foi a segunda vez em que Natália obteve um habeas corpus do TJ-SP. No mês passado, o desembargador Péricles Piza concedeu a medida enquanto ela estava presa temporariamente na cadeia pública feminina de Franca (400 km de São Paulo).

A mãe de Joaquim, porém, teve a prisão preventiva decretada no último sábado (4) depois de ter sido denunciada pelo Ministério Público. Na terça-feira (7), ela foi transferida para Tremembé.

No final da tarde desta sexta-feira, Piza decidiu novamente pela soltura de Natália por entender que não há motivos legais para mantê-la presa.

A expectativa do advogado de Natália, Nathan Castelo Branco, era de que ela deixasse o presídio apenas na segunda-feira (13).

Natália foi denunciada à Justiça pelo Ministério Público por suspeita de omissão que levou à morte de seu filho.

Joaquim foi encontrado morto no rio Pardo em Barretos (423 km de São Paulo) em novembro do ano passado. A família morava em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), onde o corpo da criança, segundo a polícia, foi jogado no córrego Tanquinho.

A Promotoria denunciou o padrasto do garoto, Guilherme Raymo Longo, 28, pela suspeita de ser o autor do crime. Longo continua preso em Tremembé.

De acordo com a denúncia, Longo matou o enteado com alta dosagem de insulina e depois jogou o corpo da criança no córrego Tanquinho.

Para o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, embora Natália não tenha participado do crime, foi omissa por saber dos riscos que havia enquanto morava com Longo.

Em depoimentos à polícia, Natália afirmou ter sido agredida pelo marido e que ele colocava Joaquim de castigo, além de mencionar que acreditava que ele matou seu filho. O casal alega inocência.


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