Folha de S. Paulo


Aeroportos da região de Ribeirão Preto (SP) têm problemas para expansão

Os aeroportos da região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) querem expandir suas atividades para fazer frente ao aumento do número de passageiros e garantir rentabilidade. Mas tropeçam em atrasos, alterações no projeto e pouca infraestrutura.

No maior deles, o Leite Lopes, em Ribeirão, não tem, por exemplo, elevador para embarque de deficientes. Sem o equipamento, os cadeirantes são carregados por funcionários das companhias aéreas até seus assentos, aumentando o risco de quedas.

"Causa desconforto a pessoa ter de ser carregada", afirma o presidente da Adad (Associação dos Amigos dos Deficientes de Ribeirão Preto) Jonathan Carvalho, 32.

O governo do Estado de São Paulo iniciou este ano a compra dos elevadores para seis aeroportos com voos comerciais administrados pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), mas Ribeirão será o último a ser contemplado.

Edson Silva/Folhapress
Movimento de aeronaves no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP); falta de equipamento para transporte de deficientes
Movimento de aeronaves no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP); falta de equipamento para transporte de deficientes

O Leite Lopes também aguarda as obras de ampliação da pista para receber voos internacionais de carga. No mês passado, no entanto, um aditivo no convênio do governo do Estado com a prefeitura quase triplicou o custo da obra, para R$ 307 milhões.

OUTROS AEROPORTOS

No aeroporto Bartolomeu de Gusmão, em Araraquara (273 km de São Paulo), um dos maiores problemas é a invasão da pista por moradores de bairros vizinhos. Na próxima quinta-feira (12), a Azul Linhas Aéreas prevê iniciar as operações no aeródromo, após dois adiamentos.

No local, o terminal, pronto desde outubro, foi ampliado em oito vezes sua capacidade original. Foram investidos R$ 7,4 milhões pelo Daesp, o que deve garantir o aeródromo retomar os voos comerciais após seis anos operando apenas jatinhos.

Em Barretos (423 km de São Paulo), onde desde julho o aeroporto foi municipalizado, a prefeitura busca aumentar a receita com a operação do terminal para superar o déficit de R$ 175 mil no ano passado. Um dos projetos é aumentar de seis para 11 os hangares para aluguel.

A prefeitura, segundo o diretor municipal de Transportes, Alex de Oliveira Nascimento, também enviou um projeto de R$ 6,8 milhões ao governo federal para a compra de equipamentos e a reforma do saguão para o aeroporto receber voos comerciais. O projeto é avaliado.

Segundo Nascimento, a empresa aérea Passaredo afirmou ter interesse em criar uma linha diária entre Barretos e São Paulo. A demanda de passageiros, segundo Nascimento, viria dos pacientes do Hospital do Câncer de Barretos, referência nacional.

Já São Carlos (232 km de São Paulo) aguarda uma nova avaliação da Receita Federal para a internacionalização do aeroporto. A abertura, segundo a prefeitura, pode trazer R$ 50 milhões em investimentos da TAM na ampliação do hangar local.


Endereço da página:

Links no texto: