Folha de S. Paulo


Em novo ato, servidores de Ribeirão Preto paralisam atividades na autarquia de água

Cerca de 100 funcionários do Daerp (autarquia de água e esgoto) interromperam as atividades na manhã desta quarta-feira (25) em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) pedindo o fim dos funcionários comissionados na autarquia.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão, Wagner Rodrigues, apenas os serviços emergenciais estão sendo executados nas ruas da cidade.

Funcionários da unidade do Daerp do centro --profissionais que realizam atendimento ao público e serviços administrativos-- e na unidade da rua Pernambuco --atendimento nas ruas da cidade-- estão concentrados na avenida Francisco Junqueira protestando por menos "cabides de empregos".

Eles colocaram cabides em barbantes como protesto ao que consideram exagero de profissionais indicados pela prefeita Dárcy Vera (PSD) sem necessidade para a autarquia.

Edson Silva/Folhapress
Servidores do Daerp durante nova paralisação das atividades na unidade da rua Amador Bueno, em Ribeirão Preto
Servidores do Daerp durante nova paralisação das atividades na unidade da rua Amador Bueno, em Ribeirão Preto

O trânsito na avenida chegou a ser prejudicado, devido a cones colocados pelos manifestantes.

Ainda segundo Rodrigues, funcionários comissionados que tentaram entrar no prédio foram barrados.

"Os funcionários concursados até estão entrando, mas não podem trabalhar", disse o presidente do sindicato.

Cartazes foram colocados no local com a frase: "Vamos expulsar os sanguessugas por um serviço público de qualidade".

O sindicato avalia que a manifestação pode resultar em greve. A definição acontece em reunião às 17h desta quarta-feira na unidade do Daerp da rua Pernambuco.

A Prefeitura de Ribeirão Preto informou, por meio de nota, que os cortes dos funcionários comissionados serão feitos em conjunto com toda a administração.

Informou ainda que os serviços prestados pela autarquia não podem ser interrrompidos para não causar prejuízos à população.

Ainda conforme a administração, se a paralisação persistir, o departamento jurídico da autarquia será acionado para restabelecer os serviços.


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