O secretário da Fazenda de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), Sérgio Nalini, disse nesta terça-feira (17) que a dívida de curto prazo do município (valores devidos a fornecedores) gira em torno de R$ 40 milhões hoje.
- Em crise, prefeita de Ribeirão Dárcy Vera corta gastos com servidores
- Vereadora tucana cobra pelo excesso de terceirizados em Ribeirão Preto
Segundo ele, a situação "não é crítica" e que "as finanças estão controladas".
Apesar das declarações, a prefeitura vem acumulando problemas orçamentários.
No ano passado, por exemplo, recebeu do Daerp R$ 11,1 milhões por sete terrenos públicos, mesmo a autarquia sendo credora da prefeitura (o órgão tem a receber quase R$ 60 milhões do município).
Em agosto deste ano houve outra medida polêmica: a prefeitura pretendia recuperar valores previdenciários recolhidos de forma indevida, e determinou que o IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários) repassasse R$ 60 milhões ao município. O ato foi suspenso pela Justiça.
Em julho, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Executivo indicou um deficit fiscal de R$ 120 milhões ao final do próximo ano.
Na semana passada, a Folha publicou que o município antecipou 528 pagamentos em 2013, mudando a ordem cronológica de quitação de débitos. Isso é feito porque, se obedecer a cronologia, a prefeitura não teria dinheiro em caixa para pagar todas as empresas que necessitam de pagamentos. Dessa forma, outros credores demoram mais para receber.