Folha de S. Paulo


Câmara quer apurar suposta prática de cartel em postos de Araraquara

O presidente da Câmara de Araraquara (273 km de São Paulo), João Farias (PRB), convidou para uma reunião nesta sexta-feira (13), às 10h, representantes do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado), para que os donos de postos informem os motivos que levaram os estabelecimentos a aumentaram os preços dos combustíveis em 30%.

Farias disse que a intenção é abrir um diálogo com o setor depois que os estabelecimentos elevaram os valores dos produtos no mesmo patamar, ao mesmo tempo.

"[A elevação de preços] Levantou a suspeita de que o aumento foi feito de forma combinada, prejudicando os usuários. Queremos saber se há padronização de preços, o que indica uma suposta prática de cartel", disse Farias.

O presidente do Legislativo afirmou que, se encontrar indícios de irregularidades, o caso pode ser encaminhado ao Ministério Público.

A reunião desta sexta-feira é aberta ao público.

OUTRO LADO

O presidente do Sincopetro, Fernando Bicaletto, nega combinação. Ele disse que houve apenas uma readequação de valores, já que os postos de Araraquara estavam praticando preços abaixo do valor de mercado.

"Houve uma guerra de preços. Durante dois anos o município ofereceu combustíveis abaixo de mercado. Isso corroeu o setor. O que aconteceu agora foi uma adequação dos valores, que são similares a cidades do mesmo porte", afirmou.


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