Folha de S. Paulo


CPI do transporte em Ribeirão Preto (SP) terá comando crítico ao governo

Com a ausência de dois vereadores da base governista, a primeira reunião da CPI do transporte público de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) elegeu, nesta quinta-feira (22), um comando independente.

A presidência da comissão ficou com o vereador Ricardo Silva (PDT), autor do requerimento que instalou o colegiado.

Apesar de ter sido eleito por um partido coligado à prefeita Dárcy Vera (PSD), Silva se declara independente e tem tido uma postura predominantemente crítica ao governo.

Um dos alvos dos protestos realizados em Ribeirão em junho, o transporte público tem trazido desgaste à gestão de Dárcy.

Edson Silva/Folhapress
O vereador Ricardo Silva fala durante sessão na Câmara
O vereador Ricardo Silva fala durante sessão na Câmara

Na Câmara, a base governista tentou, mas não conseguiu eleger o relator. Genivaldo Gomes (PSD) foi derrotado por Papa por quatro votos a três. Silva foi eleito por unanimidade.

Os apoiadores da prefeitura conseguir fazer apenas o vice-presidente, Rodrigo Simões (PP).

Segundo Silva, o vereador Samuel Zanferdini (PMDB) apresentou um atestado médico para justificar a ausência. A vereadora Viviane Alexandre (PPS), de acordo com uma assessora, teve um mal-estar e estava sendo atendida numa emergência hospitalar no momento da reunião.

A CPI vai investigar o descumprimento do contrato do transporte público entre a prefeitura e o Pró-Urbano, consórcio de empresas responsável pela área em Ribeirão.

O consórcio deixou de pagar a taxa de gerenciamento à Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto), e não cumpriu os prazos para a construção de um terminal de ônibus, a instalação de novas linhas e a renovação da frota.

Silva diz que será apurado se houve omissão da Transerp no cumprimento do contrato, o que poderia implicar em atos de improbidade de servidores. "A [suspeita de] improbidade é o foco da investigação", diz o vereador.

A próxima reunião da CPI está marcada para a segunda-feira (26), quando será definido o cronograma de trabalho.

Na reunião poderão ser apresentados os primeiros pedidos para a convocação de testemunhas e a requisição de documentos a órgãos públicos e empresas.


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