Folha de S. Paulo


Procon multa bancos de Ribeirão Preto que não instalaram biombos

Quarenta e duas agências bancárias foram multadas pelo Procon de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) por não respeitarem a lei que obriga a instalação de biombos para separar os caixas e as áreas de espera.

As autuações foram realizadas entre setembro do ano passado, data em que foi iniciada a fiscalização do Procon, e abril deste ano.

Paulo Garde, chefe do Procon de Ribeirão, afirmou que todas as agências multadas são do Bradesco e do Itaú.

"Depois das autuações, o Itaú começou a se adequar, mas ainda temos problemas com o Bradesco", disse.

Por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa, o Itaú informou já ter instalado biombos em suas agências. O Bradesco, por sua vez, não se pronunciou.

A instalação de divisórias entre os caixas e a área de espera foi determinado em lei municipal aprovada em 2010 e regulamentada em junho do ano passado.

A lei prevê multa diária de R$ 96,50 para cada agência que descumprir a regra.

O objetivo da norma é dificultar a ação de bandidos no crime conhecido como "saidinha de banco", quando criminosos assaltam pessoas que acabaram de sacar dinheiro nas agências.

A divisória evitaria a ação de olheiros, que ficariam incapacitados de ver os clientes que utilizam os caixas.

Historicamente, a Febraban, entidade que representa os bancos no Brasil, se manifesta de forma contrária à lei por entender que os biombos dificultam o trabalho interno dos vigilantes.

DEMORA

Outras 90 autuações foram dadas a agências de Ribeirão que não atenderam clientes em menos de 15 minutos, como determina outra lei.

Vinte e cinco dessas autuações foram em um único dia, de acordo com Garde. Segundo o chefe do Procon, na cidade, a lei vigora desde 2004.

Quem descumpre a norma está sujeito a multas de R$ 1.244 por cliente. Em caso de reincidência, o valor dobra.

Em vésperas de feriados, pós-feriados e nos dias de pagamentos de salários, o limite de tempo de espera nas filas sobe para 30 minutos.

A Febraban informou que, em 2012, foram investidos R$ 18 bilhões em tecnologias para melhorar o atendimento.


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